Gleisi cumprimenta Palocci, em sua posse: ex-ministro era identificado com a gestão do ex-presidente Lula| Foto: Evaristo Sá/AFP

Poder

Ministério é o mais importante

Ao sair da Presidência, em 2003, Fernando Henrique Cardoso deu uma entrevista para a tevê afirmando que o segredo para o bom andamento de um governo era a pessoa responsável pela Casa Civil. Seu sucessor, Lula, descobriu isso a duras penas: depois de sofrer com a passagem de José Dirceu pela pasta, escolheu Dilma Rousseff como principal assessora e viu o governo melhorar de imagem e popularidade.

A importância da Casa Civil, lembram os especialistas, vem da dupla função que ela exerce. Por um lado, é responsável pela coordenação de todos os projetos e programas do governo. Por outro, faz a articulação política com o Congresso Nacional e com outras instituições. Dependendo do ministro, uma função pode se sobrepor à outra.

"Dizem que a Casa Civil perde importância quando não faz sozinha a articulação política. Mas, primeiro, parte desse trabalho, por definição, continua lá. E segundo, mesmo com a coordenação de projetos, já é o ministério mais importante", afirma o cientista político Fabrício Tomio, da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

David Fleisher, professor de ciência política da Universidade de Brasília (UnB), diz que a coordenação dos programas, por si só, já é uma tarefa gigantesca. "É um poder enorme e uma responsabilidade muito grande. Não é à toa que muitos ministros se perdem e acabam tropeçando. Como a Erenice Guerra [no governo Lula]. Viu tanto poder pela frente que se lambuzou como criança em loja de chocolate."

Rogerio Waldrigues Galindo

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