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Ao lado de ministros, Dilma Roussedd interrompeu a reunião para dar esclarecimentos à imprensa. O encontro começou por volta das 17h na Granja do Torto, em Brasília, e ainda levará várias horas | Roberto Stuckert Filho / Presidência da República / Divulgação
Ao lado de ministros, Dilma Roussedd interrompeu a reunião para dar esclarecimentos à imprensa. O encontro começou por volta das 17h na Granja do Torto, em Brasília, e ainda levará várias horas| Foto: Roberto Stuckert Filho / Presidência da República / Divulgação

A presidente Dilma Rousseff prometeu há pouco que o governo estará atento para a manutenção do equilíbrio fiscal do país. De acordo com ela, a estabilidade econômica ajuda no controle da inflação e deixa o país mais preparado para enfrentar as turbulências internacionais. "Em relação à estabilidade [econômica], estamos atentos para a robustez fiscal do país. Isso significa maior controle da inflação. A estabilidade é importante neste momento em que há transição de política econômica, principalmente do Banco Central norte-americano, que está passando de uma política de expansão monetária para contenção da liquidez internacional", declarou a presidente.

A presidente negou troca da equipe econômica. "Não está a vista nenhuma (mudança na equipe econômica)", disse a presidente em uma rara entrevista coletiva. Dilma destacou ainda que a estabilidade econômica é um dos cinco pactos propostos em reunião com governadores e prefeitos na semana passada. Ela interrompeu a reunião ministerial, a terceira de seu governo, para dar esclarecimentos à imprensa. O encontro começou por volta das 17h na Granja do Torto em Brasília e, de acordo com a presidente, ainda levará várias horas.A reunião também trata, segundo a presidente, da ideia de fazer um plebiscito para consultar a população sobre qual a reforma política que o povo brasileiro quer. "É importante que haja uma consulta popular para que ela balize a reforma política que se quer fazer", disse.

A presidente afirmou ainda que o plebiscito proposto há uma semana será importante para balizar a reforma política. "A proposta tem o sentido de transferir para a população o direito de ser consultada", disse Dilma. Ela disse também que o plebiscito é importante porque por "muito tempo" se tentou fazer a reforma política no País, sem sucesso. "É também fundamental perceber que é preciso uma transformação para melhorar a representação do país", disse Dilma. "Nós consideramos como melhor o plebiscito porque achamos que é importante que haja esse protagonismo da população e esse respeito às reivindicações", resumiu.

Protestos

Na avaliação de Dilma, as manifestações no Brasil não são parecidas com os protestos em outros lugares do mundo, que são contra quadros de recessão, desemprego ou pedindo democracia e direitos humanos. "No Brasil, o que se quer são mais direitos, mais participação e mais, sem dúvida, ação do cidadão".

A presidente interrompeu a reunião ministerial para falar com os jornalistas, ao lado do ministro do Esporte, Aldo Rebelo. Depois, o encontro com os ministros terá seguimento.

Além de 37 ministros, os líderes do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), e no Congresso, José Pimentel (PT-CE), participam da reunião na residência oficial da Granja do Torto. Somente os ministros da Cultura, Marta Suplicy, e das Relações Exteriores, Antonio Patriota, que estão em viagem ao exterior, não estão no encontro, mas mandaram representantes.

No fim de semana, Dilma teve reuniões com os ministros das Comunicações, Paulo Bernardo, e da Saúde, Alexandre Padilha. Hoje (1°) pela manhã, a presidenta recebeu o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Na semana passada, a presidente recebeu pela primeira vez em seu governo representantes de movimentos sociais e organizações da sociedade civil, que de alguma maneira participaram dos protestos. Dilma também reuniu prefeitos das capitais e governadores para apresentar as medidas que o governo deve adotar em resposta às demandas levadas às ruas durante as manifestações.

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