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| Foto: Ricardo Moraes/Reuters

Está começando a caminhada em Copacabana em protesto contra a presidente Dilma Rousseff. Centenas de pessoas que se concentravam na orla, na altura do posto 5, iniciaram deslocamento em direção ao Leme. Quatro carros de som contratados a cerca de R$ 2 mil cada um por grupos contrários à presidente Dilma ecoam palavras de ordem pelo impeachment, contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de exaltação ao juiz Sérgio Moro.

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Cada carro tem suas bandeiras próprias e sistema de som independente, de modo que as vozes dos organizadores se confundem. Há manifestantes que seguram faixas pedindo a intervenção militar “constitucional” e outros com cartazes críticos quanto à posição do governo federal em relação ao aborto e à redução da maioridade penal.

Ato no Rio terminará em frente ao Copacabana Palace

Integrantes do grupo Extermínio, um dos organizadores da manifestação na praia de Copacabana, disseram no alto do carro de som que o ato vai terminar em frente ao hotel Copacabana Palace por este ser “reconhecido internacionalmente”. “Vamos mostrar ao mundo todo a nossa indignação”, afirmou. A caminhada, que reúne milhares de pessoas, já dura cerca de duas horas e segue sob sol forte. Participam pessoas de todas as idades. Os organizadores pedem auxílio para os participantes para a compra de garrafas d’água para eles e para policiais militares que acompanham o protesto.

As areias da praia estão razoavelmente cheias e são feitas críticas aos banhistas durante o ato. “O carioca não vive só de samba e de sol. Vocês que estão na praia agora, depois vão se arrepender”, afirmou uma das pessoas que discursou.

Em um jipe camuflado com um boneco caracterizado como “Soldado do Povo”, o militar da reserva do Exército Marcelo Couto dizia fazer um “movimento solitário” no protesto de Copacabana. “Não sabemos o que vai acontecer se ela (a presidente Dilma) continuar. Minha vontade era uma intervenção militar, mas o impeachment seria um caminho”, afirmou. Um cartaz fixado no carro diz: “Nós somos filhos desta nação, portanto temos o direito de manifestar a nossa insatisfação. Todo poder emana do povo”.

Família Bolsonaro se divide entre protestos no Rio e em Fortaleza

O deputado estadual Flávio Bolsonaro (PP) era um dos poucos políticos presentes à manifestação na praia de Copacabana na manhã deste domingo. Ele disse que seu pai, o deputado federal Jair Bolsonaro, do mesmo partido, não foi ao protesto porque preferiu prestigiar a manifestação de hoje à tarde em Fortaleza. Jair Bolsonaro foi uma figura de destaque na manifestação de 15 de março contra Dilma, atraindo pedidos de fotos e palavras de apoio.

“Estou aqui sendo coerente com a minha história, contra o governo mais corrupto da história do País. Meu pai foi para o Nordeste mesmo tendo recebido convites para a as manifestações do Rio e de São Paulo. Ele já é conhecido nacionalmente”, declarou.

O protesto se concentra entre os postos cinco e quatro da praia e reúne milhares de pessoas sob sol forte. Além do grupo que caminhou do posto cinco em direção ao Leme (no início da praia), há também pessoas que saíram da direção contrária.

Entre as palavras de ordem ditas do alto do carro de som estão ataques ao PT e a outros partidos da base aliada, como PMDB, ou não, como PSOL E PSTU. Há ainda questionamentos sobre a validade das últimas eleições presidenciais, vencidas por Dilma Rousseff.

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