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O plenário da Assembleia Legislativa aprovou nesta quarta-feira (23) a nomeação dos 29 deputados que participarão da comissão especial que vai analisar a admissibilidade de um processo de impeachment da governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB).

O PMDB teria direito a cinco cadeiras, mas indicou somente quatro deputados, que se somarão aos cinco do PP, quatro do PSDB três do PTB e um do PPS na base aliada do governo. Juntos, eles trabalharão pela rejeição do pedido, feito pelo Fórum dos Servidores Públicos Estaduais (FSPE) e acolhido pelo presidente da Assembleia, Ivar Pavan (PT), para análise do Parlamento, no dia 10 de setembro. A oposição contará com 12 participantes: cinco do PT, três do PDT, dois do DEM, um do PSB e um do PC do B.

Os aliados de Yeda prometem aproveitar a maioria que têm para eleger o presidente e o relator da comissão, na reunião de abertura dos trabalhos, na terça-feira, e para evitar que a tramitação do processo passe da primeira fase e desgaste ainda mais o governo.

Os nomes mais citados nos bastidores da Assembleia são os de Alceu Moreira (PMDB) para a presidência, e Adilson Troca (PSDB) para a relatoria. O primeiro já rejeitou pedido de impeachment da governadora no final do ano passado, quando presidia a Assembleia. O segundo foi relator da CPI do Detran e suas conclusões não apontaram qualquer indício de envolvimento de Yeda com o esquema, como queria a oposição.

Como entende que deve participar da direção da comissão, a oposição lançou os nomes de Raul Pont (PT) e Gilmar Sossela (PDT) para um dos cargos. "É preciso garantir o equilíbrio das forças para que possamos produzir um resultado sério e que não frustre as expectativas da população", afirma Elvino Bohn Gass (PT).

A tese tem pouquíssimas chances de prosperar. "Esse é um processo político. Quem tem a maioria pode indicar os dois cargos", avisa Troca, que também não vê motivos para os aliados não barrarem o processo. "A Justiça Federal (de Santa Maria) já negou (liminares para o afastamento e o bloqueio de bens de Yeda) por não encontrar argumentos jurídicos sólidos contra a governadora", justifica.

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