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Começando os trabalhos lentamente, a Comissão da Verdade anunciou nesta segunda-feira (28) uma parceria com a Comissão Especial Sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, ligada à Secretaria de Direitos Humanos.O acordo feito em reunião na tarde desta segunda, em Brasília, estava previsto na lei que criou a Comissão da Verdade, em novembro do ano passado.

"Tivemos uma reunião de aproximação, para que os trabalhos se desenvolvam em parceria. Vamos disponibilizar nossos arquivos e informações que produzimos ao longo desses anos", disse Marco Antônio Barbosa, presidente da Comissão Especial Sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, criada em 1995, no primeiro ano do governo FHC.

Uma meta de trabalho comum é tentar identificar os corpos dos mortos e desaparecidos na ditadura, já anunciado como uma das primeiras prioridades da Comissão da Verdade.

Nas próximas semanas, segundo Barbosa, deve ser divulgado o resultado de identificação de mais uma das vítimas da guerrilha do Araguaia, conflito na floresta amazônia, na primeira metade da década de 1970, que deixou cerca de 70 mortos. Até o momento só duas pessoas foram identificadas.

Gilson Dipp, o coordenador da Comissão da Verdade, disse que o grupo está trabalhando lentamente, ainda envolvido em questões burocráticas, como a seleção de assessores --14 no total. Até o momento apenas dois auxiliares foram nomeados.

Instalada neste mês, a Comissão da Verdade vai investigar as violações aos direitos humanos entre 1946 e 1988, com foco nos crimes de Estado cometidos na última ditadura, entre 1964 e 1985. O grupo terá dois anos para trabalhar, quando apresentará um relatório final.

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