A Comissão Nacional da Verdade criticou a demora na identificação de corpos de vítimas da ditadura. Recentemente, a comissão enviou ofício ao Ministério da Justiça cobrando informações sobre os trabalhos de antropologia forense e testes de DNA realizados por um núcleo da Polícia Federal (PF) nos cemitérios de Perus e Vila Formosa, em São Paulo.

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"Temos que saber por que não está ágil", afirmou nesta segunda-feira (30) Cláudio Fonteles, integrante da comissão. Fonteles disse que aguarda resposta do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, sobre o assunto.

O integrante da comissão também mencionou a cobrança feita pela Comissão da Verdade ao Ministério da Defesa sobre a destruição de arquivos sigilosos que tratam de violações dos direitos humanos durante a ditadura.

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No início do mês, a Folha de S.Paulo revelou que ao menos 19,4 mil documentos que pertenciam ao extinto Serviço Nacional de Informações (SNI) foram destruídos.

"Não é correta a interpretação jurídica que diz que procederam de forma certa ao eliminarem documentos e não registrar nas atas essa eliminação. Mostramos que isso é juridicamente incorreto", afirmou Fonteles.

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