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A Comissão de Ética Pública da Presidência da República abriu nesta segunda-feira (10) uma investigação preliminar contra o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior. A investigação poderá resultar na abertura de um processo disciplinar contra o secretário. Tuma Júnior é suspeito de envolvimento com a máfia chinesa em virtude de sua amizade com Li Kwok Kwen, Paulo Li, preso pela Polícia Federal desde o ano passado.

Segundo o presidente da comissão, Sepúlveda Pertence, a intenção é tirar dúvidas sobre o caso. "A comissão resolveu instaurar o que chamamos de procedimento preliminar de apuração".

Nesta fase, de acordo com Sepúlveda, serão enviados questionamentos a Tuma Júnior sobre as denúncias contra ele. Serão pedidas também informações à Polícia Federal e a 3ª Vara da Justiça Federal de São Paulo, onde a investigação contra Paulo Li foi realizada.

O presidente da comissão afirmou que é garantido o acesso a estas informações mesmo se o processo estiver em segredo de justiça. "O decreto que criou a comissão impõe às autoridades administrativas a prestação de informações sem que lhe possa opor por razões de sigilos".

Após esta fase, a comissão vai analisar a necessidade de abertura de um processo contra Tuma Junior. Em último caso, a comissão pode recomendar até a exoneração do secretário.

Em entrevistas ao G1, na última sexta-feira (7) e no sábado (8), o secretário nacional de Justiça reconheceu a amizade com o chinês, mas negou qualquer tipo de irregularidade. Ele afirmou que não deixará o cargo.

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