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Vários personagens centrais do esquema investigado pela Operação Lava Jato citaram Lula ou tinham proximidade com o ex-presidente. Confira quem são eles:

Lula Marques/Agência PT

Sabia, não sabia

No ano passado, nas vésperas do segundo turno das eleições presidenciais, a revista Veja publicou que o doleiro Alberto Youssef – preso desde março de 2014 pela Lava Jato – afirmou em depoimento que a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula tinham conhecimento do esquema de desvio de dinheiro na Petrobras. Ambos negaram a informação.

Zanone Fraissat/Folhapress

Repasse para campanha

Em delação premiada, o empresário Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC e apontado como chefe do cartel de empreiteiras na Petrobras, disse que foram repassados R$ 2,4 milhões para a campanha do ex-presidente Lula. Ele afirmou, porém, que não tinha certeza se o petista sabia da origem ilícita do dinheiro.

Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Doações suspeitas

Em abril, a prisão do então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, respingou sobre a cúpula do partido, incluindo o ex-presidente Lula. Conforme sentença do juiz Sergio Moro, Vaccari teria recebido pelo menos R$ 4,26 milhões em propina de contratos da Petrobras que teria sido depositada em forma de doação oficial ao diretório do partido, entre 2008 e 2012.

Antônio More/Gazeta do Povo

Tráfico de influência

Lula é suspeito de ter exercido influência para que o BNDES financiasse obras da construtora Odebrecht, cujo presidente Marcelo Odebrecht está preso desde junho pela Lava Jato. O petista teria viajado a Cuba, República Dominicana, Gana e Angola com patrocínio da empresa. No mês passado, o ex-presidente prestou depoimento na Procuradoria da República do Distrito Federal, onde corre o inquérito que investiga as viagens. A Odebrecht e Lula negam tráfico de influência e alegam que o petista foi convidado para dar palestras nos países estrangeiros. Em uma conversa grampeada com o diretor da Odebrecht, Alexandrino Ramos de Alencar, Lula e ele se mostravam preocupados “em relação a assuntos do BNDES”. Quatro dias depois do telefonema, Alexandrino foi preso.

Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Do mensalão ao petrolão

A prisão do ex-ministro José Dirceu pela Operação Lava Jato, em agosto, aproximou as investigações do núcleo principal do PT, conforme análise de oposicionistas. Segundo os investigadores, Dirceu foi um dos criadores do esquema de corrupção na Petrobras e da compra de apoio parlamentar – a prática do mensalão.

Reformas

Outra construtora envolvida na Lava Jato, a OAS, contratou reformas feitas em apartamento triplex cuja opção de compra pertence à família do ex-presidente Lula. A OAS contratou uma empresa de engenharia especializada em reformas de alto padrão para executar benfeitorias no apartamento, situado na cidade do Guarujá, litoral paulista, como a instalação de um elevador privativo, em 2014.

Pagamentos

Pagamentos de R$ 3 milhões da Camargo Corrêa – um dos alvos da Lava Jato – ao Instituto Lula e de R$ 1,5 milhão à empresa que gerencia as palestras do ex-presidente, entre 2011 e 2013, também apareceram em investigações da Operação. O laudo da Polícia Federal em que constam os valores foi anexado aos autos da investigação em julho de 2015.

Brunno Covello/Gazeta do Povo

Na delação

Um dos delatores da Lava Jato, o operador Fernando Soares, o Fernando Baiano, disse ter feito um pagamento de R$ 2 milhões ao pecuarista José Carlos Bumlai, referente a uma negociação envolvendo a empresa OSX, do empresário Eike Batista. O dinheiro seria destinado a uma nora do ex-presidente Lula. Baiano também teria afirmado na delação que teria quitado gastos pessoais de Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha, primogênito de Lula, no valor de cerca de R$ 2 milhões do esquema de corrupção da Petrobras.

GABRIELA BILÓ/ESTADAO CONTEUDO

Amizade

A prisão do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula, na 21ª fase da Operação Lava Jato é a que mais aproxima a investigação do ex-presidente. Conforme depoimentos de delatores e provas que embasaram a prisão, o esquema de corrupção e fraude se deu para pagar dívidas da campanha de reeleição de Lula, em 2006. Num dos depoimentos, consta que, da campanha, resultou uma dívida de R$ 60 milhões com o banco Schahin. Para quitá-la, o governo utilizaria o contrato de operacionalização da sonda da Petrobras Vitória 10.000.

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