O Conselho de Ética da Câmara aprovou nesta quinta-feira, por nove votos a quatro, o parecer do deputado Dagoberto (PDT-MS) contrário à abertura de processo contra deputado em razão de fato ocorrido em legislatura anterior. A decisão do Conselho será submetida ao plenário. O relatório recomenda o arquivamento de representações do PSOL que pedem a abertura de processos de cassação contra deputados acusados de corrupção: Paulo Rocha (PT-PA), Valdemar Costa Neto (PR-SP) e João Magalhães (PMDB-MG).

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O parecer de Dagoberto foi dado em resposta à consulta feita pelos líderes do PT, do PR e do PMDB, sobre a possibilidade de abertura desses processos.

Logo após o anúncio do resultado, o deputado Nelson Trad (PMDB-MS) renunciou à sua vaga no conselho como protesto. Ele afirmou que a decisão absolve Paulo Rocha, que chegou a confessar que repassou R$ 400 mil recebidos do empresário Marcos Valério para o PSB.

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Na legislatura passada, Paulo Rocha e Valdemar Costa Neto foram acusados de participar do suposto esquema do mensalão. O ex-presidente do PL, hoje PR, foi acusado pela CPI dos Correios de ter recebido R$ 10 milhões do publicitário Marcos Valério. No entanto, o deputado só admite o recebimento de R$ 7 milhões. Já Paulo Rocha teria recebido R$ 900 mil do empresário mineiro. No entanto, os dois renunciaram ao mandato em 2005, antes da abertura do processo.

Já o deputado João Magalhães foi acusado pela CPI dos Sanguessugas de envolvimento com a máfia das ambulâncias. Ele teria elaborado emendas para a saúde em troca de comissão paga pela família Vedoin, proprietária da empresa Planam. O parlamentar chegou a ser processado pelo Conselho de Ética, mas não foi julgado.

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