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O Conselho de Ética da Câmara se reúne nesta quarta-feira (25) para instaurar representações da mesa diretora da Casa contra os deputados Delegado Protógenes (PCdoB-SP) e João Carlos Bacelar (PR-BA).

Bacelar é acusado da prática de nepotismo cruzado e uso de dinheiro público para contratação de funcionários particulares. Protógenes foi acusado de envolvimento com o esquema do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Na terça-feira (24), em depoimento à CPI do Cachoeira, o delegado da Polícia Federal disse não ter dúvidas do envolvimento dos deputados Carlos Leréia (PSDB-GO) e João Sandes Júnior (PP-GO) com o contraventor. Os dois parlamentares, no entanto,

O PSDB, autor da representação contra Protógenes, diz que o deputado feriu o decoro parlamentar ao manter "relações suspeitas" com Idalberto Matias Araújo, conhecido como Dadá, membro do grupo de Cachoeira.

Durante a reunião, o presidente do conselho, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), fará o sorteio da lista tríplice para designação dos relatores de cada uma das representações.

Na representação contra Bacelar, a Mesa acolheu parecer encaminhado pela Corregedoria da Casa, sugerindo a suspensão temporária do mandato. Essa decisão, no entanto, deverá ser submetida aos membros do colegiado. Para a representação contra Protógenes, o relator designado deverá produzir um parecer prévio para que o colegiado se manifeste sobre a admissibilidade ou não da representação.

Em sua defesa ao conselho, Bacelar negou a existência de nepotismo cruzado. Afirmou que sua família é tradicional na política baiana e atribuiu a isso a nomeação de sua mãe. Afirmou que as atividades políticas de seus familiares são "independentes entre si". Disse ainda que só tomou conhecimento que duas servidoras suas eram parentes de Leal quando foi procurado pela reportagem e que as exonerou no mesmo mês.

Protógenes nega envolvimento com Cachoeira e lembra que é coautor do pedido de criação da CPMI. Ele enviou ofício ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, solicitando informações da investigação sobre o esquema de Cachoeira. O parlamentar questiona a existência de áudios e vídeos envolvendo seu nome e pergunta "se os mesmos evidenciam conduta criminosa relacionada com o esquema de contravenção do empresário goiano".

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