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Brasília (Folhapress) – O dia seguinte da folgada vitória do deputado Romeu Queiroz (PTB-MG) no processo que pedia sua cassação foi de perplexidade e recriminações na Câmara. A oposição e o Conselho de Ética manifestaram preocupação e repúdio ao que foi definido como uma "goleada" aplicada por Queiroz, que conseguiu 250 votos pela absolvição. Votaram na cassação apenas 162 deputados, 95 a menos do que seria necessário para confirmar o relatório do conselho.

"Quebraram uma tradição (de não seguir o voto do conselho). Não posso dizer que abre um precedente, mas é ruim", declarou o presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar (PTB-SP). Também integrante do conselho, Nelson Trad (PMDB-MS) se disse "muito preocupado" com "acertos" que possam ter ocorrido. Ou seja, PT, PP e PL votariam favoravelmente a Queiroz e receberiam apoio dos petebistas para seus próprios cassáveis.

O líder do bloco de oposição na Câmara, José Carlos Aleluia (PFL-BA), afirmou que "os números (placar) podem sugerir que houve um acordo". "A tendência desses processos tem de ser referendar a decisão do Conselho de Ética. A Câmara cometeu um erro, e o PFL não participou de acordo nem vai participar", disse.

Partidários de Queiroz dizem, no entanto, que, pelo menos, dez integrantes da bancada pefelista (que tem 61 deputados) votaram contra a cassação, uma vez que o processo do petebista guarda semelhanças com o de Roberto Brant (PFL-MG). Ambos receberam dinheiro "não-contabilizado" da Usiminas por meio da agência SMP&B, da qual o publicitário Marcos Valério foi sócio.

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