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O presidente do Consórcio Camargo Corrêa/Iesa, Paulo Augusto Santos da Silva, colocou à disposição da Justiça os dados de depósitos, pagamentos e serviços prestados por suas empresas, por ele e sua esposa, assim como os respectivos sigilos bancários e fiscais. O consórcio atua nas obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, que são investigadas pela Polícia Federal (PF) e Ministério Público Federal (MPF) dentro da Operação Lava Jato.

Ele se antecipa a uma possível nova leva de buscas e apreensões de documentos, pedidos de quebra de sigilos e mandados de prisão decorrentes das ramificações da operação. As ações, divulgadas pelo jornal Valor Econômico na última quinta-feira (23), devem ocorrer nos próximos dias.

Segundo o jornal, a PF e o MPF não planejaram ações "espetaculares" da Lava Jato para os dias que antecediam e que sucedem a eleição em respeito à Lei Eleitoral, que proíbe inclusive prisões no período.

O documento apresentado pela defesa de Silva diz que ele foi citado em depoimento de Marcio Bonilha, diretor comercial da Sanko Sider, uma das empresas investigadas por suposto envolvimento no esquema de desvio de dinheiro da Petrobras. "Dado que a imprensa vem noticiando a preparação de inúmeras medidas cautelares contra as pessoas físicas mencionadas nos depoimentos, o Manifestante vem, por esta, com antecipação, colocar-se à disposição desta autoridade judicial para esclarecimento dos fatos", diz o texto da defesa do empresário.

O consórcio CNCC, do qual faz parte a Camargo Corrêa e a CNEC, informou que "já se prontificou a colaborar com a Justiça por meio de petição desde que tomou conhecimento das investigações". O advogado de Silva não foi localizado. E a Iesa não respondeu até o momento.

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