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Peixes que deveriam estar se reproduzindo, neste período do ano, estão morrendo, no Rio Paraná. Segundo pesquisadores de Mato do Grosso do Sul, primeiras análises indicam contaminação das águas por produtos químicos.

Os técnicos da Superintendência de Pesca sobrevoaram o Rio Paraná em busca de possíveis focos de contaminação. A região tem muitas plantações, curtumes e usinas hidrelétricas.

No rio, um outro grupo mediu a concentração de oxigênio da água. Foram recolhidas amostras do lodo no fundo e de plantas aquáticas. A primeiras análises feitas em amostras coletadas no Rio Paraná indicam uma possível contaminação por sulfato de cobre.

- O laudo demonstrou que existe uma concentração alarmante de cobre, principalmente, nas vísceras do armado, que é o peixe que está morrendo neste momento - explica o pesquisador da Universidade Maringá (PR) Ângelo Agustinho.

O Rio Paraná tem 4.695 km de extensão, e sua bacia abrange 10% do território nacional. O rio passa por cinco estados do Sudeste, Centro Oeste e Sul do país.

Ainda não se sabe de onde veio a contaminação. Mas as suspeitas da Superintendência de Pesca de Mato Grosso do Sul, são do uso de agrotóxicos que tenham cobre na composição, produtos químicos utilizados em curtumes ou produtos aplicados no combate ao mexilhão dourado e algas, que se fixam em tubulações e turbinas das usinas da região.

- É uma intoxicação crônica e os peixes estão sendo envenenados lentamente, talvez por dois ou três meses, e só depois, morrem - diz Tomaz Liparelli da Superintendência de pesca (MS).

Outra hipótese é a liberação de toxinas pelas algas que se alastraram no rio. Até que seja descoberta a causa da contaminação, as autoridades pedem aos moradores das margens do Rio Paraná, que não pesquem ou comam os peixes da espécie armado ou abotoado. Há risco de intoxicação.

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