Brasília (AE) Cópias de contas de telefone apontam a existência de uma conexão suíça do Partido Progressista (PP). Extratos de contas de telefone anexados à prestação de contas da legenda revelam pelo menos 146 ligações, no fim de 2002 e ao longo de 2003, de números da sigla em Brasília para Zurique, coração financeiro da Suíça. Metade desses telefonemas foi feita do celular de Valmir Crepaldi, contador e funcionário da tesouraria do partido, que também é suplente do Diretório Nacional do PP.
O presidente do PP, deputado Pedro Corrêa, garantiu não saber das ligações. "Vou criar uma comissão de sindicância e mandar investigar isso aí", prometeu. Corrêa é um dos parlamentares que estão na fila de cassação por causa do escândalo do mensalão.
Os papéis entregues ao Tribunal Superior Eleitoral mostram que a maioria das ligações tinha como destino um número registrado na Suíça, conhecido paraíso fiscal, em nome de Elieney Macher. Segundo o PP, trata-se da tia de Gina Alves de Oliveira, mulher de Crepaldi e também funcionária do partido.
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