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A Copel se habilitou para oferecer o potencial de geração da termelétrica UEG Araucária no próximo leilão de energia nova, que ocorre em 12 de junho. A entrada da usina no processo de venda de energia depende, porém, da aprovação da compra das ações da El Paso no empreendimento pela Assembléia Legislativa – o novo prazo para a assinatura do contrato é 22 de maio – e de negociações a respeito do fornecimento de gás com a Petrobrás e a Compagás.

Em uma conferência telefônica em que apresentou os resultados do primeiro trimestre de 2006 para analistas do mercado financeiro, a direção da Copel declarou que a UEG deve ser apresentada no leilão como uma usina bicombustível, pois não tem garantia de fornecimento de gás natural. "Estamos nos preparando para fazer uma proposta e esperamos que os valores pagos sejam maiores do que no último leilão", disse o diretor-presidente da companhia, Rubens Ghilardi.

Nos próximos dias, a direção da Copel se reunirá com representantes da Compagás e da Petrobrás para discutir detalhes do contrato do gás natural. O acordo que garantia o fornecimento do combustível foi rescindido e, por isso, a Copel acumulou dívidas com seus fornecedores e perdeu o suprimento. Uma negociação com a Petrobrás resolveu parte do problema. Os débitos com a empresa petrolífera, que passavam de R$ 400 milhões, foram reduzidos para R$ 150 milhões. Há ainda uma parcela de R$ 26 milhões que é negociada com a Compagás.

Contrato

Segundo Paulo Roberto Trompczinski, diretor de relações com investidores da Copel, o valor a ser pago à Compagás será menor do que a dívida reconhecida. "As penalidades do contrato serão suprimidas e esperamos reduzir as margens da Compagás", explicou aos analistas. Com isso, a companhia abre espaço para negociar o fornecimento do combustível.

Por enquanto, a Petrobrás assinou apenas uma carta informando que fará o possível para assegurar o suprimento de gás ou outro combustível, como óleo, a partir de 2010. "Temos estudos para a conversão da usina. A taxa de retorno seria menor com o óleo, mas estamos preparados caso o impasse do gás prossiga", disse Trompczinski. Para a direção da Copel, a UEG é viável porque o cenário atual indica uma possível falta de energia a partir de 2008, o que resultaria em preços maiores e um incentivo para empreendimentos movidos a gás.

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