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O coronel Fernando Lemos, relações-públicas do Comando Militar do Leste (CML), disse, na manhã desta quarta-feira, em entrevista à Rádio CBN, que as armas roubadas de um quartel no dia 3 foram recuperadas devido à pressão exercida pelas Forças Armadas contra o tráfico de drogas.

Ele negou ter havido acordo com traficantes para devolução do armamento e atribuiu aos prejuízos sofridos pelos bandidos a iniciativa deles de devolver os dez fuzis e a pistola levados do Estabelecimento Central de Transporte (ECT), em São Cristóvão.

- Não negociamos com traficantes ou bandidos. O que ocorre é que o tráfico, com as nossas ações, teve um prejuízo enorme. Eles preferiram entregar o armamento a perder, a ter prejuízo. Isso é a razão, é a realidade.

Indagado se não era coincidência demais as armas aparecerem perto da Rocinha justamente no dia em que as tropas ocupavam a favela, o coronel Lemos respondeu:

- Não é coincidência, é trabalho de inteligência, verificação de denúncia. Os indícios chegam a nós e são analisados. Muitas vezes damos com os burros nágua, como diz a população, mas às vezes dá certo.

O relações-públicas do CML explicou porque as tropas voltaram aos quartéis depois de encontradas as armas roubadas:

- Só podemos agir em ações de segurança interna se houver intervenção no estado pelo presidente da República ou se o governador do estado solicitar essa intervenção ao Executivo. Por outro motivo, não é legal nós agirmos na segurança pública.

O coronel Lemos citou pesquisas em que a população demonstrou apoio às ações do Exército. Numa delas, feita com leitores do Globo Online, quase 90% disseram ser a favor da presença das tropas nas ruas e nas favelas.

- Quero agradecer à população o apoio nas pesquisas - disse o coronel.

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