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O senador Romeu Tuma (PTB-SP) negou nesta quarta-feira que esteja usando a proposta de criação da CPI da Petrobras para barganhar emprego numa estatal para o filho Robson Tuma, que é ex-deputado federal. Romeu Tuma, que é corregedor do Senado, informou, inclusive, que o requerimento para criação da CPI, com 35 assinaturas, já foi protocolado na Mesa Diretora no dia 18 de setembro e desde então aguarda o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), fazer a leitura do documento para que a comissão parlamentar seja criada.

- Já pedi pelo menos três vezes a leitura. Renan é que está segurando a CPI, não depende mais de mim. Não há compromisso para ninguém e muito menos houve qualquer troca - afirma Tuma.

A CPI pretende investigar possíveis irregularidades nos contratos de construção das plataformas P-52 e P-54, na licitação para construção de petroleiros da Transpetro e na compra da Suzano Petroquímica. A CPI preocupa a direção da Petrobras e até parlamentares da oposição por causa do risco de queda na cotação das ações da estatal na Bolsa de Valores de Nova York. No mês passado, quando Tuma colhia assinaturas de colegas, a líder do PT, Ideli Salvatti (PT-SC), questionou o mérito da CPI e chegou a dizer que a proposta era irresponsável. Tuma argumenta que o Tribunal de Contas da União (TCU) vê com preocupação os contratos da estatal.

- Tenho visto pela imprensa a preocupação do TCU de abusos e manipulação de valores em contrato. É inexplicável que pese dúvida sobre uma empresa dessa envergadura e importância para o país. O Senado precisa investigar a fundo essa denúncia - afirma o senador.

Na justificativa do requerimento, Tuma afirma que somente a suposta fraude na construção das duas plataformas, revelada pela operação "Águas Profundas", da Polícia Federal, teria causado prejuízo de cerca de R$ 332 milhões à Petrobras. Ainda segundo o requerimento, os recursos obtidos com as irregularidades teriam bancado campanhas de partidos políticos.

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