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Em sessão administrativa de emergência, a CPI dos Correios aprovou nesta terça-feira a quebra do sigilo bancário de onze corretores de valores nas quais teriam sido feitos investimentos pelos fundos de pensão. As empresas são: Elite Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários; Sociedade Corretora Paulista S/A (Socopa); Agenda Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários; Millenium Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários; Click Trad Corretora de Valores Mobiliários; Dillon S/A Distribuidora de Títulos Mobiliários; Quantia Distribuidora de Títulos Mobiliários; Nominal Distribuibodra de Títulos e Valores Mobiliários; Euro Distribuidora de Títulos e Valores Mobliários; Walpires S/A; Planer Corretora de Valores S/A.

A CPI já havia aprovado a quebra do sigilo bancário da Bônus Banval. Nesta terça-feira,foram quebrados ainda os sigilos fiscal e telefônico da corretora, suspeita de lavagem de dinheiro no exterior e de repasse desses recursos a políticos.

O requerimento foi apresentado pelo deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), sub-relator para movimentações financeiras da CPI. Também foram quebrados os sigilos dos sócios da corretora, Breno Fischber e Enivaldo Quadrado.

A CPI quebrou ainda o sigilo bancário, fiscal e telefônico de duas empresas de aviação e de seus sócios que participaram de concorrências dos Correios para fornecer transporte aéreo: Beta Brazilian Express e Aeropostal Brasil Transporte Aéreo Ltda.

Na tentativa anterior para votar esses requerimentos, houve falta de quórum na semana passada.

- Nada como a pressão dos meios de comunicação para minimizar o 'abafão' - disse a senadora Heloísa Helena (PSOL).

Após a aprovação das propostas, a senadora Ideli Salvatti (PT-SC), que foi acusada de ter esvaziado a sessão de quinta-feira passada quando seriam votados os requerimentos, disse que não havia sido contra a quebra do sigilo das corretoras e exigiu que a oposição retirasse as declarações de que ela era mentirosa.O deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA) disse que retiraria a acusação, mas foi irônico ao comentar as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que na segunda-feira condenou o denuncismo contra o governo e o PT.

- Gostaria de parabenizar o presidente Lula por acusar os deputados de terem partido para uma onda de denuncismo. Depois desta declaração, errática e inconseqüente dele, a base do governo se mobilizou e garantiu o quórum mínimo para aprovação dos requerimentos, mas o presidente precisa ter mais cuidado com a sua incontinência verbal - afirmou.

Já o senador César Borges (PFL-BA) cobrou do presidente da CPI, senador Delcídio Amaral (PT-MS), uma "postura mais enérgica e decisões rápidas" para dar prosseguimento aos trabalhos da comissão. Na segunda-feira, Delcidio ameaçou pôr o cargo "à disposição", caso os partidos continuem a "manobrar" regimentalmente para não votar os requerimentos de quebra de sigilo.

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