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Atualizado em 05/04/2006 às 19h30

Numa votação em meio a muita confusão, a CPI dos Correios aprovou nesta quarta-feira o relatório do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) por 17 votos a favor e 4 contra. A aprovação do relatório e o encerramento da CPI, que durou 11 meses, foram muito comemorados pelos parlamentares de oposição.

Disputados pelo governo e pela oposição, os deputados Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) e Asdrúbal Bentes (PMDB-PA) foram aplaudidos ao anunciar o voto a favor do relatório de Serraglio, que fez alguns ajustes no texto, mantendo a expressão mensalão e os pedidos de indiciamento.

O presidente da CPI, senador Delcidio Amaral (PT-MS), abriu a reunião da comissão informando que o processo de discussão já estava encerrado e que não seria concedida a palavra para discussão. Os governistas protestaram, porque queriam ver as mudanças feitas no texto antes de votar e ainda não tinham recebido uma cópia. Exaltado, o deputado federal Jorge Bittar (PT-RJ) chegou a ficar na frente do presidente da CPI tentando impedi-lo de prosseguir. Mas não conseguiu. Ao final da votação, Bittar chamou Delcidio de canalha, entre outros xingamentos.

Serraglio disse que não foi feita mudança nos aspectos que considera estruturais em seu texto.

- Não mudou nada no que diz respeito ao mensalão - garantiu.

Segundo Serraglio, as alterações que fez no texto da semana passada foram de ordem técnica e não comprometeram o conteúdo do documento apresentado.

O relatório paralelo apresentado pelo PT rejeitava a tese do mensalão para compra de parlamentares. Segundo o partido, houve caixa dois, ou seja, recursos não contabilizados para campanha eleitoral. No entanto, não houve acordo com a oposição. O relator informou que a constatação de que houve mensalão fazia parte da espinha dorsal de seu parecer.

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