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Atualizado em 05/04/2006 às 18h14

A comissão de sistematização criada para buscar um consenso entre governo e oposição para votação do relatório da CPI dos Correios quer votar um texto só, mas desde que haja consenso. Para isso, separou os quatro pontos mais polêmicos do relatório do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR): mensalão, Visanet, fundos de pensão e indiciamentos.

Os petistas Maurício Rands (PE) e José Eduardo Cardozo (SP) ficaram de apresentar uma nova redação a Serraglio. Se ele aceitar as mudanças, o PT desiste do relatório paralelo, que teve uma péssima repercussão. O substitutivo do PT, um contraponto ao texto de Serraglio, usa as expressões "esquema Marcos Valério" e "caixa dois" para referir-se aos repasses feitos a parlamentares por meio do valerioduto, não usando a expressão "mensalão", empregada pelo relator da CPI dos Correios. Segundo o substitutivo, o esquema começou em 1997, portanto, no governo passado, e continuou em 2003, já no governo Lula, por meio do empresário Marcos Valério e do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, com o mesmo modus operandi.

Mas o tucano Eduardo Paes (RJ) e o pefelista Antonio Carlos Magalhães Neto (BA) já avisaram que não aceitam que haja destaques ao relatório, a não ser que ele seja rejeitado.

- O regimento é claro. Se o relatório ganhar, não tem modificação nenhuma depois. Para inventar, tem que ter acordo. O PSDB não aceita destaque - disse Eduardo Paes.

- Estamos trabalhando por um relatório de consenso para não ter destaques - endossou ACM Neto.

A CPI já retomou a discussão do relatório e ainda há mais 16 inscritos para falar. Em seguida, será a vez do relator, seguido pelos encaminhamentos e, por último, a votação, prevista para as 16h. A oposição continua dizendo que tem votos para aprovar o relatório de Serraglio.

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