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Depois de algumas semanas de tropeços internos, a cúpula da CPI dos Correios decidiu reorganizar os trabalhos para apresentar resultados concretos nas próximas semanas. Na reunião técnica deste fim de semana, o relator adjunto da CPI, o deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ), definiu 12 prioridades para finalizar num curto espaço de tempo.

- Definimos o foco das investigações, concentramos informações e estabelecemos prazos. A idéia é apresentar logo pontos concretos do nosso trabalho em estágio mais avançado. Fizemos uma reunião de azeitamento dos trabalhos da CPI. Definimos as 12 linhas prioritárias das próximas semanas, os nossos 12 trabalhos de Hércules - disse Paes, que passou o sábado reunido com assessore e técnicos da CPI.

Segundo ele, as prioridades foram definidas em relação aos pontos da investigação em que a CPI já dispõe de boa parte dos elementos. Entre os 12 pontos, pelo menos 3 estão relacionados com o foco determinado da CPI dos Correios: o levantamento de serviços superfaturados da rede postal noturna, desvio de recursos da rede de franquias e os contratos de bens de serviços de informática do Correio Híbrido.

Entre as prioridades que serão investigadas também aparecem os contratos de publicidade das empresas de Marcos Valério com os Correios. Segundo a CPI, existem evidências de licitação dirigida e pagamentos de serviços que não foram executados. Eduardo Paes informou ainda que será feita auditoria para descobrir o que chamou de financiamento privado do valerioduto. Ele quer saber os interesses das empresas privadas que mais depositaram nas agências de Valério como a Brasil Telecom, Usiminas e Fiat.

Outro ponto de investigação dos técnicos é o desvio de recursos financeiros do chamado valerioduto para o exterior, o envolvimento nesta operação de corretoras como a Bonus-Banval e a Guaranhus. A CPI também vai aprofundar as investigações da chamada conexão Banco do Brasil/Visanet para saber o total de recursos repassados para a DNA e que teriam sido desviados para o PT.

Outra tarefa da CPI será fazer um dossiê sobre o chamado esquema do mensalão, recursos repassados por Valério para parlamentares. Os técnicos devem aprofundar ainda conexões e interesses dos bancos mineiros BMG e Rural. Eles também devem fazer um levantamento da publicidade pública no governo Lula, além dos contratos que Marcos Valério já tinha com o governo federal.

Por fim, a CPI quer identificar o funcionamento do lobby feito por Valério para tentar fechar uma operação de compra do Banco Mercantil de Pernambuco pelo Banco Rural.

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