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Dirigentes e sub-relatores da CPI dos Sanguessugas reúnem-se nesta terça-feira para deliberar sobre a citação de suposto envolvimento com a máfia das ambulâncias do presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), pelo empresário Luiz Antonio Trevisan Vedoin, em uma revista semanal, e também sobre o que há contra o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT).

- Em reunião com o deputado Izar, nesta terça, ele vai nos informar tudo que se passou e apresentar esclarecimentos. Se foi uma tentativa de sabotagem, o processo fracassou, e o Conselho de Ética sairá mais forte - disse o sub-relator Fernando Gabeira (PV-RJ).

O vice-presidente da CPI, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), disse que os documentos contra o senador não passam de um ofício que ele teria assinado junto com outros parlamentares da bancada de Mato Grosso, indicando o deputado Lino Rossi (PP-MT) ao então ministro da Saúde, José Serra, como coordenador da bancada.

- Os documentos contra o senador se referem a esse ofício e a fotos reproduzidas de computador, que não servem como provas - disse.

Para o deputado Gabeira, em relação a Antero Paes de Barros a CPMI precisa analisar, porque foi em depoimento à Justiça que Vedoin falou dele.

Os dois integrantes da Comissão telefonaram nesta segunda-feira (28) para o juiz substituto da Justiça Federal de Mato Grosso, Cezar Augusto, para propor uma nova inquirição ao empresário Luiz Vedoin ou a tomada de um novo depoimento pela CPI. Segundo Gabeira, o juiz foi contrário às duas hipóteses.

- Disse que se o Vedoin quiser prestar novas declarações, que procure a Justiça - informou o deputado, acrescentando que o juiz também afirmou que não vai convocar o empresário para novo depoimento.

Carta precatória

Raul Jungmann disse que nesta terça vai propor aos integrantes da Comissão tomar o depoimento de Vedoin por carta precatória, para que ele confirme ou negue o que foi publicado pela revista semanal envolvendo quatro parlamentares. Segundo Jungmann, o juiz Cezar Augusto comentou no telefonema que a divulgação de nomes de forma parcelada, pelo empresário, é uma tática forense. O deputado informou que o juiz também disse ser comum, no caso da delação premiada (concessão de liberdade para os que colaboram com a Justiça nas investigações), o beneficiário guardar alguma coisa para barganhas.

Sabotagem

Segundo Gabeira, pode estar havendo tentativa de sabotagem aos trabalhos da CPI, principalmente nesta segunda fase, que é a de punição dos culpados.

- Se você lança suspeitas sobre o presidente do Conselho de Ética, você estará trazendo problemas. Não sabemos se o Vedoin acusou Izar ou se deixou no ar suspeitas para comprometer a segunda etapa dos trabalhos - afirmou.

Jungmann disse ter a mesma opinião sobre a questão da sabotagem.

- É preciso investigar a todos, mas ao mesmo tempo não podemos fazer o jogo de quem quer sabotar a CPMI e de quem quer utilizar manobras para retirar credibilidade. A CPI vai continuar investigando num misto de cautela e de firme investigação, doa a quem doer.

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