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Fabio Camargo, presidente da CPI | Rodolfo Bührer/Arquivo/ Gazeta do Povo
Fabio Camargo, presidente da CPI| Foto: Rodolfo Bührer/Arquivo/ Gazeta do Povo

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Paraná que investiga concordatas e falências fraudulentas no estado ouviu ontem três pessoas em Maringá. De acordo com o presidente da CPI, o deputado estadual Fabio Camargo (PTB), há indícios de irregularidades de R$ 250 milhões em Maringá com falências.

O consultor técnico da CPI, Jorge Augusto Dervicher Casagrande, afirmou que o principal caso suspeito em Maringá é o da empresa Dudony, que foi vendida para o Baú da Felicidade, empresa do grupo Silvio Santos. No plano de falência da empresa, não estava previsto o pagamento de impostos estaduais, segundo a CPI. Entre as pessoas que foram ouvidas está um dos empresários responsáveis e alguns credores da Dudony que não receberam nada. O caso de outras empresas, que Casagrande não especificou, também serão verificados.

As pessoas convocadas prestaram esclarecimentos na Câmara Municipal de Maringá. Além do presidente da comissão, outros seis deputados participaram da reunião. A CPI, a primeira itinerante da As­­sembleia, já passou no início da semana passada por Araucária, na região metropolitana de Curitiba, onde foi necessário o apoio policial para os parlamentares trabalharem.

Depois de Maringá, a comissão passará por Cascavel, Foz do Iguaçu, Londrina e Ponta Grossa. O resultado da investigação será repassado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJ).

O consultor técnico da CPI afirmou estimar que o estado possa recuperar cerca de R$ 2 bilhões nos próximos três anos, dependendo do andamento da investigação. "Os trabalhadores de empresas que decretaram falência têm prioridade para receber o acerto", explicou. "Na sequência, vem o fisco e os credores."

A CPI, cuja primeira reunião ocorreu no dia 28 de fevereiro, deve durar, em princípio, 120 dias, podendo ser estendida por mais 90 dias. Ainda assim, o tempo pode ser estendido, com autorização judicial. "É uma investigação que terá impacto nacional", afirmou Casagrande. Até o fim desta edição a sessão da CPI ainda estava em andamento na Câmara de Maringá.

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