• Carregando...
Da esquerda para a direita: o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo; a senadora Gleisi Hoffmann; o deputado federal Luiz Carlos Hauly; e o senador Alvaro Dias | Montagem / Gazeta do Povo
Da esquerda para a direita: o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo; a senadora Gleisi Hoffmann; o deputado federal Luiz Carlos Hauly; e o senador Alvaro Dias| Foto: Montagem / Gazeta do Povo

Youssef diz que não fez negócio com PSDB e quer acareação com acusador

A defesa de Alberto Youssef informou que vai apresentar ainda nesta quarta feira (22), à Justiça Federal em Curitiba (PR) um pedido de impugnação do depoimento de Leonardo Meirelles - suposto testa de ferro do doleiro nas indústrias farmacêuticas Labogen. Em depoimento na segunda-feira (20), Meirelles afirmou que o doleiro mantinha relação com o PSDB e com ex-presidente nacional do partido e ex-senador Sérgio Guerra (PE), morto em março. O criminalista Antônio Figueiredo Basto, que defende Youssef, disse que pedirá ainda uma acareação entre os dois - o doleiro e Meirelles são réus em um dos processos da Operação Lava Jato sobre superfaturamento nas obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

"Meu cliente afirma peremptoriamente que nunca falou com Sérgio Guerra, nunca teve negócio com ele e nunca trabalhou para o PSDB", afirmou o criminalista Antônio Figueiredo Basto. "Estamos pedindo uma impugnação do depoimento do Leonardo e uma acareação entre eles."

Leia mais

Justiça Federal condena doleira da Lava Jato a 18 anos de prisão

Saiu nesta quarta-feira (22) a segunda sentença referente a Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), que investigou a atuação de diversos doleiros no país. Na ação penal que trata de operações no mercado negro de câmbio, o juiz federal Sérgio Moro condenou a doleira Nelma Kodama a 18 anos de reclusão e multa de R$ 362 mil. Ela é acusada de operar no mercado paralelo de câmbio e foi condenada pelos crimes de evasão de divisas, operar instituição financeira irregular, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

Leia a matéria completa.

CVM abre processo para acompanhar denúncias da Lava Jato

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu um novo processo administrativo envolvendo a Petrobras. O objetivo por enquanto é apenas acompanhar as providências tomadas pela companhia em relação às denúncias da Operação Lava Jato. O caso está com a Superintendência de Relações com Empresas (SEP), segundo informações do site da autarquia.

Leia mais

Governo e oposição travaram nessa quarta-feira uma batalha de requerimentos na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras. Onze pedidos de convocação foram protocolados, mas nenhum foi votado, por falta de quorum. As propostas incluem quatro paranaenses - dois do PT, a senadora Gleisi Hoffmann e o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e dois do PSDB, o senador Alvaro Dias e o deputado federal Luiz Carlos Hauly.

Gleisi foi alvo de dois requerimentos, um do deputado paulista Carlos Sampaio (PSDB) e outro do paranaense Fernando Francischini (SDD). Sampaio também foi autor do pedido para ouvir Paulo Bernardo, marido da senadora. De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa disse ao Ministério Público Federal que o esquema de corrupção na estatal destinou R$ 1 milhão para campanha da petista ao Senado, em 2010.

Ela e Paulo Bernardo negam qualquer contato com Costa ou Youssef. Em nota sobre o assunto, ela disse que estuda processar o jornal e que "é vítima, pelo cargo que ocupou [ministra da Casa Civil], de um leviano denuncismo de dois réus confessos". Gleisi também disse à Gazeta do Povo que Francischini tem "valentia seletiva", por não querer convocar parlamentares aliados citados nas investigações.

Já o deputado Afonso Florence (PT-BA) apresentou os requerimentos para ouvir Alvaro e Hauly. Em depoimento prestado na segunda-feira à Polícia Federal, o laranja do doleiro Alberto Youssef na Labogen (laboratório com contratos no governo), Leonardo Meirelles, disse que Yousseff tinha contato com o ex-presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, e também com outro tucano descrito como "padrinho político do passado" e "conterrâneo" de Youssef, que é de Londrina, assim como Alvaro e Hauly. "Só faz sentido se essa convocação for para denunciar a corrupção da Petrobras, algo que venho fazendo desde 2009. Os requerimentos são uma manobra puramente eleitoreira", disse Alvaro. "É um factoide, uma prova cabal de que o PT está desesperado e sabe que vai perder a eleição", afirmou Hauly.

Base pede convocação de Aécio para depor em CPI

O líder do PT na Câmara, Vicentinho (SP), disse nesta quarta-feira que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Petrobras não pode funcionar "em clima eleitoral". Vicentinho, no entanto, revelou que orientou a bancada a apresentar requerimentos pedindo a convocação do senador reeleito Alvaro Dias (PSDB-PR) e do candidato a presidente Aécio Neves (PSDB), que acumula a presidência nacional do partido. "O outro (ex-presidente nacional da legenda Sérgio Guerra) morreu, mas a responsabilidade é a mesma", afirmou.

Florence também solicitou a convocação do candidato Aécio Neves, do tesoureiro do PSDB, Rodrigo de Castro, do tesoureiro da campanha presidencial do PSDB em 2010, José Gregori, do ex-diretor de serviços da Petrobras, Renato de Souza Duque, e do ex-ministro de Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (filiado ao PSB). Por último, Florence pediu para ouvir o tesoureiro do PT, José Vaccari Neto.

De acordo com Vicentinho, o líder do PT na Câmara, todos os supostos envolvidos no esquema e que foram denunciados no processo de delação premiada - até mesmo o secretário de Finanças e Planejamento da sigla, João Vaccari Neto - precisam prestar esclarecimentos à CPMI. "Para nós, o que interessa é a verdade sobre todos, independente da eleição", disse.

Vicentinho classificou como "besteira" as acusações da oposição de que o diretor de Abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza, "manobrou", sob orientação do Palácio do Planalto, para não depor nesta quarta-feira à comissão. Cosenza encaminhou um atestado médico justificando a ausência, mas a oposição desconfia da alegação de que ele teve uma crise de hipertensão. O líder do PT afirmou que, se for o caso, será preciso questionar o médico. "Não acredito que alguém iria inventar uma história dessa", declarou. Vicentinho garantiu não temer o depoimento do doleiro Alberto Youssef à CPMI na próxima semana. De acordo com o líder, o País terá "grandes surpresas quando a verdade vir à tona". "Vamos levar o Brasil a limpo", prometeu.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]