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O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse nesta quarta-feira que a crise aérea só deverá estar totalmente resolvida em março do próximo ano, quando começarem a surtir efeito as medidas que o governo vem tomando para solucionar o problema.
- Eu quero deixar bem claro que a questão área ainda continua com problemas, não está resolvida. Nós estamos caminhando para a sua solução, mas ainda há uma série de obras para serem feitas - afirmou o ministro.
Jobim completou:
- O problema aéreo é composto por três patamares: segurança, regularidade e pontualidade. Com a equação dos problemas de pistas, a questão da segurança está resolvida. Agora, a regularidade e a pontualidade dependem de uma série de medidas que nós estamos tomando, ao direcionar investimentos levando em conta a saturação de certos aeroportos, como o de Congonhas, em São Paulo. De qualquer forma, a data limite para resolvermos todos estes problemas será março do ano que vem.
O ministro acredita que o setor aéreo estará mais estruturado durante a passagem de 2007 para 2008, quando o fluxo de passageiros aumentará sensivelmente em razão das festas de fim de ano.
- Nós não vamos ter problemas de caos aéreo no fim do ano, o que nós teremos é problema de conforto, mas não de segurança - afirmou.
O ministro ressaltou o aumento considerável na demanda do setor aéreo brasileiro, causado pela redução no preço das passagens aéreas e pela melhoria das condições de vida da população. Entretanto, Jobim afirmou que não se pode culpar os passageiros.
- Não adianta tentar transferir a culpa para os passageiros e dizer que não é culpa da Anac, da Infraero ou das empresas. O problema é que o sistema todo não está funcionando - admitiu Jobim, que na última terça-feira, já havia atribuído à "leniência" da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e ao mau tempo o aumento dos problemas nos aeroportos no início desta semana.
Alguns aeroportos podem passar à concessão da iniciativa privada
O ministro admitiu que o governo pensa na possibilidade da concessão de alguns aeroportos à iniciativa privada, ou mesmo da privatização do transporte de carga aérea.
As declarações do ministro foram dadas durante vistoria das condições operacionais e de conforto do Terminal 1, do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, quando seria anunciado um pacote de medidas visando à desoneração das empresas do setor aéreo, que operam no terminal, como forma de atrair mais vôos para o estado.
O anúncio foi adiado para a próxima semana porque a chuva impediu a chegada do governador Sérgio Cabral Filho.
Jobim adiantou que entre as medidas em estudo estão a possibilidade de redução da tarifa de controle aéreo, da taxa de estacionamento de aviões e da taxa de embarque no aeroporto do Rio, como forma de estimular a migração de vôos para o aeroporto internacional.



