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São Paulo (Folhapress) – O senador Cristovam Buarque, eleito pelo PT do Distrito Federal, filiou-se ontem ao PDT. A filiação aconteceu em uma cerimônia na sede da legenda, em Brasília. Além de Cristovam, entraram no PDT três deputados. Sérgio Miranda – eleito pelo PC do B-MG –, André Costa que assumiu na vaga do petista Lindberg Farias, que assumiu a prefeitura de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro – e Wagner Lago, eleito pelo PP do Maranhão.

Cristovam afirmou que acredita na recuperação do PT, mas acha que será um processo que "levará de cinco a dez anos, e a população não pode esperar por isso tanto tempo".

Estavam presentes à cerimônia de filiação o presidente nacional do partido, deputado Carlos Lupi (RJ), o prefeito de Campinas, Doutor Hélio (PDT), e o senador Paulo Octávio (PFL-DF).

Segundo o senador, em sua decisão pelo PDT pesou a história de personalidades como Leonel Brizola e Darcy Ribeiro, que sempre foram defensores da melhoria da qualidade da educação no país.

Buarque não descartou a possibilidade de se candidatar à Presidência da República no próximo ano. De acordo com ele, essa decisão caberá ao partido e em nenhum momento essa questão fez parte das negociações para que entrasse no PDT.

A saída de Buarque do PT, em caráter definitivo, foi anunciada em 29 de agosto, quando o senador participou de um congresso na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Na ocasião, ele afirmou que sairia do PT porque "o partido demonstrou não ter um projeto de nação", nem apresentou como vai "revolucionar a educação, distribuir a renda".

Buarque também afirmou, na época, que o PT, "nos próximos cinco, dez anos, vai estar totalmente dedicado à luta interna, não em torno de propostas, mas em torno de poder".

Na véspera de deixar o ministério, Buarque concedeu uma entrevista à Folha de S. Paulo em que afirmou que "Lula não tem sensibilidade social".

De volta ao Senado, fez declarações do tipo: "A esperança conseguiu entrar no Palácio do Planalto, mas foi aprisionada lá dentro".

Agora, no início de agosto, escreveu que o "PT perdeu sua honra; mas há meses tinha perdido sua causa".

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