O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se mostrou convicto nesta terça-feira (16) de que o deputado Hugo Motta (PB) vencerá a disputa pela liderança do PMDB na Casa contra o atual líder, Leonardo Picciani (RJ) - seu ex-aliado e candidato preferido do Planalto -, que tenta a reeleição. Ele disse acreditar que Motta será eleito, mas evitou dizer publicamente sua aposta para o placar da votação.
Em entrevista antes de seguir para a sessão plenária, Cunha disse que é “um erro” interpretar que a eleição para líder do PMDB é entre um apoiador e um opositor ao governo federal. O presidente da Câmara lembrou que Motta votou na presidente Dilma Rousseff, ao contrário de Picciani, que fez campanha para o candidato do PSDB, senador Aécio Neves (MG).
Cunha ressaltou ainda que tanto Picciani quanto Motta já se comprometeram a contemplar todas as alas do PMDB na indicação para as oito vagas a que o partido terá direito na comissão especial do impeachment. O presidente da Câmara aguarda resposta do Supremo Tribunal Federal aos embargos declaratórios que impetrou contra o rito do impeachment estabelecido pela corte para instalar o colegiado.
Eduardo Cunha voltou a criticar o que classifica como “manobras” de Picciani para aumentar “artificialmente” a bancada do PMDB, trazendo de volta deputados que estavam licenciados e usando outros partidos para abrir vagas para suplentes do PMDB. Para ele, caso Picciani venha a ganhar, ele será reeleito por meio de uma eleição artificial.
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Para o presidente da Câmara, Picciani tem feito isso mais por um jogo eleitoral, do que por um “objetivo político” de colocar o suplente para participar da votação da liderança do PMDB. Ele lembrou que chegou a sugerir a Picciani e a Motta que só permitissem a votação de deputados efetivos, mas eles não aceitaram.
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