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Após serem procurados por integrantes do PPS para discutir uma possível fusão, membros da cúpula do PMN dizem que essa alternativa não é uma "prioridade" da legenda. Uma discussão sobre a fusão ocorreu no último sábado (16), em um jantar realizado em um restaurante em São Paulo. Na ocasião, estavam presentes o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), o vereador Raul Jungmann (PPS-PE), e a secretária-geral do PMN, Telma Ribeiro.

"Não é prioridade do PMN uma fusão. Todos nós fomos surpreendidos. Desde o início do mês têm saído notícias nesse sentido. É até desagradável porque estão falando do nosso destino sem a gente saber", disse Telma Ribeiro. "Não temos conversado sobre isso dentro da bancada", afirmou o líder do PMN na Câmara, Dr. Carlos Alberto (RJ). A legenda conta com apenas três deputados federais eleitos.A ideia da fusão colocada por Freire seria a de reviver a discussão realizada em 2006 quando o PPS, PMN e PHS chegaram a anunciar a união e formação do Mobilização Democrática.

O agrupamento foi desfeito logo após o Supremo Tribunal Federal julgar como inconstitucional a cláusula de barreira que definia os percentuais mínimos de votos de uma legenda para ter direito ao Fundo Partidário e tempo de TV. "Apesar da conversa, não quer dizer que a gente esteja pronto para encarar uma decisão dessa. Isso ainda tem que ser discutido internamente", afirmou Telma Ribeiro.

Ela também desconsiderou a possibilidade do ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) fazer parte da nova legenda. "Não sei o que passa na cabeça dele. Não acredito que ele saia do PSDB", disse.

Procurado, Roberto Freire negou ter proposto a fusão. "Não fiz nenhuma proposta. O partido sempre discute a possibilidade de fusão", disse.

Presente no jantar, Raul Jungmann, no entanto, confirmou o convite. "Discutimos a possibilidade de fusão. Mas não há uma pré-disposição do PMN", afirmou Jungmann.Freire disse ainda ver como "natural" o fato de o partido nos últimos meses fazer diversos acenos para diferentes pré-candidatos presidenciais em 2014.

Ao mesmo tempo que dialoga com Marina Silva, que tenta criar o partido Rede Sustentabilidade, o PPS avalia a possibilidade de apoiar o PSDB, fazer uma fusão com o PMN ou uma aliança com o governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos. "Não acho que estamos sem rumo. Temos o rumo que é derrotar esse bloco que está ai no poder incompetente e até corrupto", afirmou o deputado.

"Apesar de ser o mais preparado, José Serra é uma hipótese que o partido não está analisando. Eduardo Campos é interessante porque é um deslocamento da base. Na ordem, acho que internamente a preferência é Eduardo Campos, Aécio Neves e Marina Silva", acrescentou.

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