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Rio (Folhapress) – Atrás apenas de Brasília e Vitória, Curitiba é considerada a terceira melhor capital para se viver no Brasil. É o que mostra uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, divulgada ontem, que mediu a satisfação dos moradores de 26 capitais e do Distrito Federal a partir de 12 itens analisados em cada uma delas. Na comparação com as outras capitais, Curitiba recebeu uma avaliação 42,48% acima da média nacional, de acordo com a pesquisa.

Em sua segunda edição, o Índice de Condições de Vida (ICV) mostrou que há uma expressiva vantagem para as cidades das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste em percepção de qualidade de vida.

Brasília, a primeira colocada, teve nota 113,52% acima da média nacional.

Em seguida vieram Vitória (62,47%), Curitiba (42,48%) e Belo Horizonte (39,59%).

Enquanto Brasília é a melhor, Rio Branco aparece no outro extremo, sendo considerada a pior, na opinião de seus próprios moradores, que avaliaram a capital do Acre negativamente: 64,94% abaixo da média nacional. As duas principais capitais do país, São Paulo e Rio de Janeiro, ficaram, respectivamente, nas 11.ª e 10.ª posições.

O estudo da FGV toma por base a percepção das pessoas com relação a 12 variáveis – como serviços públicos, poluição e violência – que refletem a qualidade de vida nas capitais. A partir dos resultados obtidos por meio de questionários, calcula-se uma média nacional. O ranking das capitais é elaborado, então, por meio do Índice de Condições de Vida (ICV), um porcentual que mede a satisfação em cada cidade, sempre na comparação com a média nacional.

O economista Fernando Blumenschein, coordenador da pesquisa, disse que, uma vez estabilizada a economia brasileira, a população tem se voltado cada vez mais para a qualidade das condições de vida do dia-a-dia. Segundo ele, apesar de tomar por base avaliações dos moradores, subjetivas, as estatísticas são fundamentais para orientar os governantes no direcionamento de políticas públicas.

"Quanto piores forem as condições de vida, menores são as produtividades locais. Assim, as condições atraem ou expulsam os investimentos produtivos, interferem em emprego e renda e nos fluxos migratórios entre as regiões", afirmou Blumenschein.

Mesmo com parâmetros subjetivos, a pesquisa mostra uma nítida desigualdade entre os ICVs das capitais. Segundo o economista, o fato de São Paulo e Rio ocuparem posições intermediárias mostra que não são percebidas como as melhores cidades para se viver.

As 12 variáveis consideradas na pesquisa foram: avaliação da renda total familiar, quantidade de alimentos consumidos, tipos de alimentos consumidos, avaliações do serviço de água, da coleta de lixo, da iluminação de rua, da drenagem e escoamento de água de chuva, do fornecimento de energia elétrica, de problemas com rua ou vizinhos barulhentos, de problemas com poluição ou ambientais causados pelo trânsito ou indústria, de problemas com violência ou vandalismo na área de residência, e as condições de moradia da família.

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