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| Foto: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo

Pendência

Governo garante que dívida de R$ 60 mil com Correios foi paga

O governo do estado garantiu ontem que não existem mais pendências financeiras com os Correios – dívida que impedia o envio de correspondências pela Secretaria de Segurança Pública. Em nota, a diretoria-geral da secretaria informou que já havia feito todos os trâmites necessários para quitar a dívida, ficando no aguardo apenas da liberação, pela Secretaria de Estado da Fazenda. "Tal liberação ocorreu no final do expediente da última sexta-feira. Todavia, a depender da agência e da conta do credor, só é possível visualizar o valor de um a dois dias úteis após o pagamento", diz um trecho da nota encaminhada pela secretaria.

Pela manhã, o governador Beto Richa (PSDB), durante o encontro com os secretários no Museu Oscar Niemeyer, minimizou a dívida do governo com os Correios. Apesar de admitir o problema, Richa garantiu que se tratava de uma situação "localizada" e que o governo já estava trabalhando para solucioná-lo. "Foi apenas um problema localizado e que já está sendo resolvido. Isso acontece, lamentavelmente, com todas as administrações", justificou Richa.

A dívida do Poder Executivo paranaense com os Correios foi revelada pelo jornalista Celso Nascimento na edição de domingo da Gazeta do Povo. A suspensão do envio das correspondências aconteceu por causa de uma dívida de R$ 60 mil da Polícia Militar com os Correios, que não é paga desde janeiro deste ano. Por causa da dívida, cartas precatórias, intimações e inquéritos policiais, entre outros documentos com prazo estabelecido, não estavam sendo enviados aos destinatários há cerca de um mês.

Procurada pela Gazeta do Povo, a assessoria de comunicação dos Correios informou que a empresa não se pronunciaria a respeito do assunto.

2 meses

A cada 60 dias, o governador deve se reunir com o secretariado para avaliar resultados de ações e projetos do Executivo.

R$ 60 mil é o valor da dívida que o governo do Paraná tinha com os Correios. A pendência financeira provocou a suspensão do envio de correspondências importantes da Secretaria da Segurança Pública.

Preocupado com críticas à gestão estadual em ano pré- eleitoral, o governador Beto Richa (PSDB) reuniu ontem os secretários de estado, dirigentes de autarquias e chefes de gabinete no Museu Oscar Niemeyer para cobrar mais celeridade nos resultados dos projetos e ações do governo. Entre as prioridades citadas pelo governador durante o encontro estão as parcerias público privadas (PPPs), como o programa Tudo Aqui, e o chamado Caixa Único – que concentra todas as receitas do estado numa única conta bancária. Mesmo com as críticas dos oposicionistas à esses projetos, o discurso é que o governo não vai abrir mão dessas medidas.

Pré-candidato à reeleição numa eventual disputa com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT), Richa voltou a criticar o governo federal durante a reunião. O governador afirmou que a diminuição dos repasses do governo federal para o Paraná estão atravancando as obras no estado e ainda creditou à União a responsabilidade pelas dificuldades financeiras enfrentadas por sua administração. "Falta boa vontade do governo federal conosco", acusou Richa, reafirmando a condição do Paraná de estar entre os estados que mais contribuem com as receitas da União, mas que menos recebe verbas federais. De acordo com Richa, 2013 vem registrando uma redução "drástica" nos repasses do Fundo de Participação dos Estados (FPE).

Portas fechadas

A reunião com o secretariado aconteceu à portas fechadas, tendo apenas seu início aberto à imprensa. Richa garantiu que o encontro não teria o tom de cobrança. "É uma reunião para que todos se inteirem do andamento dos programas e possamos buscar uma sintonia maior. Claro que existe uma cobrança, uma ou outra área precisa de um ritmo um pouco maior, mas no geral o governo vai muito bem", disse, sem citar as áreas que carecem de mais avanços. Cada secretário de estado teve 10 minutos para apresentar um resumo das ações e resultados da pasta. "Por ser ano pré-eleitoral, as críticas e agressões se acentuam. Por isso, precisamos ter um ritmo mais acelerado nas nossas ações", afirmou o governador. "Temos que estar atentos com os projetos e apressar algumas ações", completou.

Essas reuniões do governador com o secretariado para devem se intensificar. Segundo o deputado Ademar Traiano (PSDB), líder do governo na Assembleia Legislativa, a tendência é que esses encontros aconteçam periodicamente, em média a cada 60 dias. O parlamentar afirmou que, na reunião de ontem, o governador fez um apelo aos secretários para que pautem as ações de cada pasta de acordo com as metas estabelecidas como prioridade pelo governador. Já explicitando o clima eleitoral, Traiano explicou a importância de os secretários trabalharem de forma coordenada. "Notícias ruins correm mais que as boas. Portanto, todos precisam divulgar em conjunto as ações importantes do nosso governo."

Antes do início do encontro, Richa rechaçou qualquer semelhança com a reunião semanal feita pelo ex-governador Roberto Requião (PMDB) – que ficou conhecida como "escolinha de governo". Richa afirmou que todas as administrações realizam com frequência reuniões com os secretários de estado.

Colaborou Euclides Lucas Garcia

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