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Uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) permitirá que um acusado de seqüestro volte a morar em uma casa a poucos metros da vítima. O menino de seis anos passou 63 dias em cativeiro, em ação supostamente planejada por um vizinho de condomínio em Arujá, na Grande São Paulo.

O advogado Adenilson Alves de Brito, conhecido como doutor Brito, estava preso desde o ano passado na delegacia de Barueri, na região metropolitana, cumprindo prisão preventiva. Ele é acusado de planejar o seqüestro de Lucas da Silva, levado do carro do irmão mais velho no dia 7 de maio de 2006, quando seguia para a escola.

O STF decidiu que, como advogado, ele tem direito à prisão especial. O acusado pode ficar detido dentro de um quartel ou em sua casa, que fica a poucos metros da residência onde o menino ainda vive com a família. Na época do crime, Brito era chefe de segurança do condomínio e conhecia a rotina dos moradores.

O garoto ainda não superou o trauma, de acordo com a família. Ele não consegue relaxar quando o pai está fora de casa. "Ele fica me ligando de cinco em cinco minutos", diz o pai.

O ministro Sepúlveda Pertence reconheceu que tomou a decisão sem saber que vítima e acusado moravam no mesmo condomínio. A decisão sobre o destino do advogado será da juíza criminal do Fórum de Arujá, Heloisa Helena Nogueira Lucas, e pode sair até o fim da semana. O julgamento dos 13 acusados do seqüestro deve acontecer até o final do ano.

Seqüestro

Lucas foi levado pelos seqüestradores quando seguia para o colégio. Três homens armados seguiram o carro em que estavam o menino e o irmão dele, então com 21 anos. O jovem foi colocado no porta-malas e a criança, no banco de trás.

Os bandidos seguiram pela rodovia Ayrton Senna e abandonaram o carro em um posto de gasolina. Seguiram a pé com o menino e largaram o irmão mais velho trancado.

A polícia conseguiu libertar Lucas em 10 de julho de um cativeiro em São Miguel Paulista, na Zona Leste de São Paulo.

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