O plenário da Câmara dos Deputados deve votar em julho o processo contra o deputado José Janene (PP-PR), acusado de envolvimento no esquema do mensalão.
O Conselho de Ética da Casa aprovou na terça-feira (13) a cassação do mandato do deputado, o 15.º e último a ser julgado por envolvimento no esquema. Nem mesmo o representante do PP no Conselho, deputado Ildeu Araújo (SP), votou contra o pedido de cassação. O parlamentar preferiu se abster.
O advogado de Janene, José Rollemberg, antecipou que irá recorrer à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e ao STF (Supremo Tribunal Federal). Rollemberg acredita que seu cliente não teve amplo direito de defesa. Alegando problemas cardíacos, Janene não prestou depoimento ao Conselho, que decidiu julgá-lo à revelia.
O relator do processo, deputado Jairo Carneiro (PFL-BA), considerou os depoimentos de Janene à CPI do Mensalão e à Corregedoria da Câmara e avaliou que o deputado quebrou o decoro parlamentar quando foi beneficiado pelo valerioduto.
Janene é acusado de ter recebido R$ 4,1 milhões das contas do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza. O parlamentar, que na época era líder do PP na Câmara, nega o recebimento, mas admite que foram repassados R$ 700 mil, dinheiro que segundo ele foi usado pelo partido para pagamento de advogados e não para compra de votos ou caixa 2.
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