Cerca de um ano depois de ter entrado em funcionamento, a unidade da Defensoria Pública Estadual em Londrina está prestes a suspender o atendimento à população. Mudanças na remuneração dos técnicos, analistas e defensores colaboraram para o encolhimento da equipe. Há um ano, eram cinco defensores públicos; hoje, há apenas dois. Para piorar a situação, o aluguel da sede em Londrina está com parcelas em atraso e o nome da Defensoria já foi parar nos serviços de proteção ao crédito por falta de pagamento nas contas de energia elétrica.

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As alterações nos salários foram sentidas em maior grau pelos servidores. Os técnicos, que recebiam cerca de R$ 2 mil para uma jornada de oito horas, passaram a receber R$ 1 mil.

Entre os defensores, que receberam um reajuste nos ganhos de 87% em menos de um ano, os salários também caíram pela metade. Em dezembro de 2013, a remuneração recebida era de R$ 10.684,38. E, em setembro do ano passado, chegou a R$ 19.997,58.

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Uma lei complementar, promulgada pelo governo do estado no fim de 2014, cortou os benefícios salariais e impôs limites à autonomia financeira da Defensoria. Para o orçamento de 2015, também estava programado um remanejamento de R$ 90 milhões dos R$ 140 milhões previstos inicialmente para o órgão. O Supremo Tribunal Federal (STF), porém, concedeu uma liminar que proíbe o governo de remanejar o valor.