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A entrevista coletiva da Lava Jato | Hugo Harada/Gazeta do Povo
A entrevista coletiva da Lava Jato| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentaram, nesta quinta-feira (15), uma representação no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) contra os procuradores da força tarefa da Operação Lava Jato. O argumento é que os representantes do Ministério Público Federal (MPF) usaram recursos públicos para dar uma entrevista coletiva, realizada na quarta-feira (14), em um hotel de Curitiba, em que trataram de um assunto que não fazia parte da atribuição deles. No entendimento dos defensores de Lula, a investigação sobre uma suposta organização criminosa que agia na Petrobras está sob a responsabilidade do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Cometeram, na nossa opinião, um grave desvio funcional. Realizaram uma coletiva, com recursos públicos, apenas para enxovalhar a honra e reputação do ex-presidente Lula e da dona Marisa”, afirmou o advogado Cristiano Martins Zanin.

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De acordo com o defensor, foram praticadas “graves irregularidades” pelos procuradores e houve ainda “antecipação de juízo de valor” nas acusações feitas contra Lula e sua mulher feitas durante coletiva de imprensa dos procuradores, que durou mais de uma hora.

“Fizeram entrevista coletiva para tratar de tema que que sequer estava na esfera de atribuição deles porque a investigação sobre organização criminosa está tramitando no Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido do procurador-geral da República”, disse Zanin.

A defesa de Lula também questiona, no Tribunal Regional da 4ª Região (TRF-4), a segunda instância da Justiça Federal, a perda de imparcialidade do juiz Sergio Moro.

“Provem, e irei a pé para a prisão”

Mais cedo, o ex-presidente Lula fez um pronunciamento em São Paulo sobre a denúncia do MPF. Segundo o petista, a apresentação dos procuradores na quarta-feira foi um “show de pirotecnia”. Emocionado, Lula embargou a voz algumas vezes e chegou a chorar:

“Provem uma corrupção minha que irei a pé para ser preso”, afirmou Lula. “Quero dizer às pessoas sérias do Ministério Público, Polícia Federal e Justiça que eu estou à inteira disposição. Ninguém está acima da lei. Mas procurem outro para criar problema”.

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