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Plenário do STF, em Brasília, onde ocorre o julgamento da Ação Penal 470, relativa ao caso do mensalão | Nelson Junior/SCO/STF
Plenário do STF, em Brasília, onde ocorre o julgamento da Ação Penal 470, relativa ao caso do mensalão| Foto: Nelson Junior/SCO/STF

O julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF) foi retomado nesta quarta-feira (8) em mais uma etapa para as defesas de cinco réus. O primeiro advogado a apresentar considerações foi Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça. Bastos representou José Roberto Salgado, ex-dirigente do Banco Rural, que responde pelos crimes de gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e evasão de divisas.

O ex-dirigente, segundo a defesa promovida por Bastos, não teve participação nos empréstimos às empresas de Marcos Valério e nem ao PT. Salgado é acusado de participar do chamado núcleo financeiro do mensalão, viabilizando empréstimos fraudulentos para esconder a origem e o destino ilícito do dinheiro. Salgado responde pelos crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta e evasão de divisas. Leia mais.

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O ex-ministro fez vários questionamentos técnicos sobre a atuação do Ministério Público Federal (MPF) e chamou a denúncia do MP de "terrorismo". Referência para advogados desde o começo do julgamento, no dia 2, ele tem sido presença constante no Supremo e geralmente está cercado por jornalistas e jovens advogados.

O ex-ministro é apontado como um dos autores da tese de que o dinheiro do mensalão na verdade é caixa 2. Esse argumento tem sido usado por vários advogados. Foi Bastos que apresentou a questão de ordem no primeiro dia do julgamento para que o processo fosse desmembrado. O pedido atrasou em um dia o cronograma previsto.

O julgamento prosseguiu na tarde com a defesa dos réus que pertenceriam ao chamado núcleo financeiro do mensalão.

Vinícius Samarane, diretor do Banco Rural, responde por gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e evasão de divisas, e foi defendido por Maurício de Oliveira Campos Júnior. O advogado foi o segundo defensor do dia a contestar as acusações do Ministério Público. Também foi ouvida a defesa da executiva do Banco Rural Ayanna Tenório, feita por Antonio Cláudio Mariz de Oliveira. A ré, que negou as acusações através de seu advogado, responde por gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Deputado

A última etapa do quinto dia de julgamento foi dedicada à defesa de políticos. Após o intervalo, a sessão foi retomada com a fala da defesa do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), realizada pelo criminalista Alberto Toron. Cunha responde por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e peculato. Veja matéria completa.

Finalizando a sessão desta quarta, o defensor de Luiz Gushiken, ex-ministro de Comunicação Social, o advogado José Roberto Leal de Carvalho, reforçou o argumento de que seu cliente é inocente da acusação de peculato e pediu a absolvição do réu por falta de provas. A absolvição dele, aliás, já foi pedida pelo Ministério Público por falta de provas.

A sessão que julga o mensalão no Supremo será retomada na tarde desta quinta-feira (9) com a defesa de mais réus. Ao todo, serão 38 defesas no processo.

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