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A defesa do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa informou que vai entrar, ainda nesta segunda-feira (28), com uma petição junto à Justiça Federal do Paraná, em Curitiba, pedindo a transferência dele para o Rio de Janeiro. O pedido se baseia na acusação de que Costa vem sendo ameaçado por um agente da Polícia Federal. As informações são da assessoria de imprensa do advogado Fernando Fernandes, que defende Costa, preso desde o mês passado.

A análise da petição pode impedir a transferência de Paulo Roberto Costa para o Penitenciária Estadual de Piraquara II (PEP II), conforme determinação de sexta-feira do juiz Sérgio Moro, da 13.ª Vara da Justiça Federal de Curitiba. Segundo a PF no Paraná, a transferência de Costa estava prevista para ocorrer entre a tarde desta segunda e manhã desta terça-feira.

O ex-diretor está preso desde o mês passado na carceragem da PF em Curitiba por suposto envolvimento em um esquema de desvio de dinheiro público. Na sexta-feira, após a primeira divulgação de ameaça feita pela defesa de Costa, o juiz decidiu que, até então, não existia notificação oficial dos advogados sobre a ameaça nem pedido da autoridade policial ou do MPF de transferência de Paulo Roberto Costa para o Presídio Federal. Mesmo assim, ele sustentou, no despacho, que a transferência devia ser realizada porque a carceragem é "cela de mera passagem para presos provisórios e não é, de fato, adequada para permanência do preso por longo período".

Na petição que deve ser protocolada nesta segunda, a defesa de Costa justifica a transferência de Costa para o Rio de Janeiro porque a família dele vive no município, e que não há porque ele continuar em Curitiba, já que o próprio interrogatório, que é a última parte do processo, pode ser feito por meio de videoconferência.

Denúncias

A Operação Lava-Jato, que investiga um suposto esquema de desvio de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões, com ramificações políticas e na Petrobras, gerou cinco denúncias oferecidas pelo Ministério Público Federal à Justiça.

A primeira denúncia foi aceita na quarta-feira passada (23) e acusa o doleiro Alberto Youssef e mais seis investigados pela Operação. Com essa medida, Youssef e os outros passaram a ser réus. Youssef é acusado de ter remetido para fora do país, de forma fraudulenta, US$ 444,7 milhões entre julho de 2011 e março de 2013. Ele também é acusado em outras duas ações.

Um dia depois, outras três denúncias foram acatadas pela Justiça Federal, aumentando para 18 o número de réus nos processos. A última denúncia acolhida pelo órgão, na sexta-feira (25), foi a primeira a citar o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. A ação trata do suposto desvio de recursos públicos da refinaria Abreu e Lima (PE), que está sendo construída pela Petrobras. Costa também vai responder pelos supostos crimes de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Esta última acusação cita outras nove pessoas, entre elas o doleiro Alberto Youssef, e fecha em 23 a quantidade de réus no processo.

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