A defesa do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa – acusado de estar envolvido em um esquema de lavagem de dinheiro – entrou com pedido para revogar a prisão de seu cliente. O pedido, feito à Justiça do Paraná nesta quinta-feira (17), alega que os relatórios concluídos pela Polícia Federal da Operação Lava Jato não comprovam que Costa teria cometido crime de corrupção passiva – um dos motivos pelo qual ele teria sido preso. "Não há ato apontado pelo delegado da Polícia Federal que incrimine Paulo Roberto enquanto diretor da Petrobras. O único ato citado é o recebimento de um carro em troca de consultoria dada ao doleiro Alberto Youssef. Contudo, a prisão do ex-diretor foi decretada para investigação de corrupção passiva e evasão de divisa, e o delegado não o indiciou nem por um nem por outro crime", relatou o advogado Fernando Fernandes, em nota.

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Suspeito de tentar destruir provas e documentos que o incriminariam no esquema de lavagem de recursos, Costa foi detido no dia 20 março durante trabalhos da Operação Lava-Jato.

Além disso, a defesa do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa – acusado de estar envolvido em um esquema de lavagem de dinheiro – entrou novamente com pedido habeas corpus junto ao Tribunal Regional Federal do Rio Grande do Sul nesta quarta-feira (16).

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Esta é a quarta vez que a defesa recorre à Justiça para soltar o ex-presidente por meio de habeas corpus. O advogado Fernando Fernandes informou, em nota, que este pedido não é reiteração dos outros três já impetrados no Tribunal e que, com a ação, pede-se apenas que "sejam assegurados os direitos do preso, dentre eles o de ser transferido para um presídio no Rio de Janeiro, onde mora", explicou.

Operação Lava-Jato

Deflagrada pela Polícia Federal no dia 17 de março em sete estados, a Operação Lava-Jato investigou crimes contra o sistema financeiro. Entre os presos estava o doleiro Alberto Youssef, de Londrina, que teve envolvimento no desvio de pelo menos US$ 30 bilhões do banco Banestado na década de 1990.

A Operação Lava Jato originou quatro inquéritos, todos relatados por determinação judicial, que agora serão analisados pela Justiça Federal.

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