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Investigação

Sem indícios contra prefeito

A Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná ouviu, até agora, cinco pessoas a respeito da denúncia de caixa dois na campanha de Beto Richa do ano passado. Na próxima semana, adiantou o procurador Néviton Guedes, algumas pessoas indicadas por Rodrigo Oriente, autor da denúncia, serão ouvidas e, em seguida, aquelas indicadas pelo prefeito.Guedes acredita que em menos de um mês terá um desfecho para o caso. "Até o momento não há qualquer elemento que comprove a participação do prefeito nesta denúncia", esclareceu.

Se ao final dos trabalhos não houver indício contra Richa, o procurador vai pedir ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná para que arquive a denúncia. Caso contrário, o procurador determina abertura de inquérito na Polícia Federal. (KK)

O secretário de Estado da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, ameaçou ontem processar o prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), e outros integrantes da administração municipal, sem citar quais, que teriam insinuado que ele estaria por trás da denúncia da existência de um caixa dois na campanha de reeleição do tucano, no ano passado. Matéria da Gazeta do Povo publicada no dia 21 de junho mostrou que dissidentes do PRTB, que desistiram da candidatura para apoiar a campanha de Richa, recebiam dinheiro no "Comitê Lealdade", organizado em apoio ao tucano. Eles, no entanto, não constam da prestação de contas de Richa disponível no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em entrevista no dia 22 de junho, o coordenador jurídico da campanha tucana e procurador-geral do município, Ivan Bonilha, e o presidente do comitê financeiro, Fernando Ghignone, insinuaram que Delazari e o senador Alvaro Dias (PSDB) seriam os responsáveis pela divulgação da gravação. Dias negou participação no episódio e Delazari preferiu não comentar a acusação. Ontem pela manhã, antes de participar da abertura da 1ª Conferência Estadual de Segurança Pública, em Curitiba, o secretário disse que a acusação é uma tentativa de desviar o foco da denúncia de existência de caixa dois.

"Acionei meu advogado e vou tomar providências jurídicas. Se for caracterizado o crime, vou procurar a Justiça", afirmou Delazari. Para o secretário, a insinuação de que ele seria um dos responsáveis pela denúncia é um "escapismo" por parte do prefeito. "O que precisa ser esclarecido é de onde veio esse dinheiro, o que aconteceu com o PRTB e quem eram aquelas pessoas. O resto é manobra para tirar a atenção da população."

Desde que o caso veio à tona, os principais personagens têm ameaçado recorrer à Justiça – mas até o momento ninguém de fato ingressou com um processo.

Outro lado

A Gazeta do Povo procurou ontem a assessoria de Beto Richa para comentar o caso. A assessoria de imprensa da prefeitura disse que não iria se pronunciar porque os processos seriam contra Beto Richa e não contra a administração municipal. Um dos advogados de Richa, Antônio Figueiredo Bastos, disse que não iria comentar o assunto por uma questão de estratégia, e que "foram tomadas medidas na Justiça e no âmbito administrativo", sem detalhar quais.

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