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Entre as cinco testemunhas de defesa de um dos réus do processo por suposta corrupção passiva originado na Operação Satiagraha, Hugo Chicaroni, que depõem nesta sexta-feria (22) na 6ª Vara Criminal da Justiça Federal em São Paulo, está o delegado da Polícia Federal Ricardo Saadi, que substituiu o delegado Protógenes Queiróz na condução do inquérito da operação. Os nomes das outras testemunhas não foram divulgados. Na manhã de hoje, chegaram ao Fórum Chicaroni, o sócio-fundador do Grupo Opportunity, Daniel Dantas, e o ex-presidente da Brasil Telecom, Humberto Braz, também réus no processo. Eles acompanham audiência na qual o juiz Fausto Martin de Sanctis toma o depoimento das testemunhas de defesa de Chicaroni.

O advogado de Dantas, Nélio Machado, criticou a ação da Agência Brasileira de Informação (Abin) nas investigações da Operação Satiagraha, atuação que foi confirmada pelo diretor geral da agência, delegado Paulo Lacerda, durante depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito dos Grampos, na quarta-feira. Machado centrou seus ataques no decreto que a presidência publicou ontem ampliando os poderes da Abin e criando uma central de investigação para cooperação e compartilhamento dos bancos de dados de órgãos do governo, entre eles a Polícia Federal.

Para o advogado de Dantas, o decreto é "ilegal e inconstitucional". "A ação apuratória compete com exclusividade, pela lei e pela Constituição da República, à Polícia Federal", disse, ressaltando que "essa tarefa é indelegável". "A própria administração pública, a presidência da República, reconhece indiretamente (com a publicação do decreto) que a Abin não poderia ter participado de nada", disse. A Operação Satiagraha desmontou suposto esquema de desvio de recursos públicos, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

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