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Um delegado da Polícia Federal (PF) que foi a Curitiba apurar vazamentos da Operação Lava Jato relatou ter sofrido pressão dos colegas do Paraná no trabalho e recomendou que a sindicância sobre a escuta na cela do doleiro Alberto Youssef fosse refeita.

O relato está em um despacho interno do delegado Mário Fanton de maio deste ano, no qual ele afirma ter presenciado “uma participação direta do DPF [delegado de Polícia Federal] Igor [Romário de Paula]” e de outra delegada “para quererem ter ciência e manipular as provas”. O delegado sugeriu, também, que o Ministério Público Federal faça uma nova análise das provas.

O caso da escuta na cela de Youssef voltou aos holofotes depois que dois policiais disseram à CPI da Petrobras que o equipamento foi instalado sem autorização judicial e captou conversas do doleiro.

As declarações contrariaram sindicância interna da PF do ano passado, que apontou que a escuta era inativa. Depois disso, a CPI aprovou a convocação dos delegados da Lava Jato. O caso é objeto de nova investigação interna da PF, conduzida por Brasília.

A reportagem pediu para ouvir o delegado Igor por meio da PF em Curitiba. O órgão respondeu que não iria comentar o caso. A PF em Brasília também não comentou.

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