O democrata e secretário de Emprego e Relações do Trabalho do estado de São Paulo, Afif Domingos, afirmou em Curitiba que o DEM está disposto a abrir mão da vice na composição da chapa com o PSDB na próxima eleição presidencial. Mas, para isso, os tucanos devem vir numa chapa pura formada por "Minas e São Paulo", disse Afif, numa alusão a José Serra (paulista) e Aécio Neves (mineiro).
"A chapa que une São Paulo e Minas Gerais seria vencedora. Teria duas lideranças que empolgam nos dois maiores colégios eleitorais do país. Caso não seja essa a composição, vamos ter de conversar para a definição da vice", disse o secretário, que é um dos principais articuladores da candidatura do governador José Serra (PSDB) à Presidência pelo PSDB em 2010.
No mês passado, o DEM sinalizou para a possibilidade de não fazer questão de ter a vice desde que a chapa tucana fosse "puro- sangue", de preferência com Serra e Aécio juntos. Em troca disso, os democratas exigiriam o apoio tucano na eleição de, pelo menos, seis governadores.
Nos bastidores, os democratas pressionam o PSDB para definir logo quem será o candidato do partido à Presidência. A preocupação do DEM é iniciar a negociação com outros partidos, trabalho que o PT e a ministra e pré-candidata Dilma Rousseff já começaram. Dentro do ninho tucano também já há uma inquietação para que o nome do candidato seja definido.
Nesta semana, Aécio Neves pediu uma definição rápida da legenda. O governador de Minas afirmou que irá esperar até dezembro para que seja decidido o nome que irá disputar a Presidência. Caso isso não aconteça, Aécio avisou que sairá ao Senado. (CO)
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