DEM, PSDB, PPS, Rede e PSOL decidiram unificar as ações de obstrução das votações no plenário da Câmara contra a permanência do peemedebista Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na presidência da Casa.
Os partidos decidiram que não participarão mais das reuniões do colégio de líderes, que darão apoio ao funcionamento do Conselho de Ética e que vão juntos amanhã na Procuradoria-Geral da República (PGR) relatar os acontecimentos ao procurador Rodrigo Janot.
- Aposentadoria de servidores público aos 70 ou 75 anos? Governo libera a base
- Planalto convence PT a não divulgar documento contra Cunha
- Eduardo Cunha perde mais um aliado no Conselho de Ética
O PPS desistiu do mandado de segurança que seria encaminhado nesta terça-feira (24) ao Supremo Tribunal Federal (STF) e vai aguardar para agir em conjunto com os demais partidos. DEM e PSDB ainda devem consultar suas bancadas para formalizar a adesão ao grupo.
A ideia da visita a Janot amanhã não é pedir abertamente o afastamento de Cunha, mas fazer um relatório dos últimos acontecimentos e municiar a PGR de informações caso Janot decida pedir o afastamento. Esses partidos calculam que mais de 100 parlamentares da Casa estão dispostos a fazer uma obstrução branca no plenário. Segundo eles, há apoio de deputados do PT, do PMDB, do PCdoB, PDT, dispostos a retardar votações.
“Não podemos voltar atrás”, disse o líder da Rede, deputado Alessandro Molon (RJ).
O argumento dos adversários de Cunha é que o peemedebista usou das prerrogativas do cargo para se proteger das investigações na Casa. “Ele extrapolou todos os limites e isso tem que ter um fim”, afirmou Chico Alencar (RJ), líder do PSol.
-
Mais de 400 atingidos: entenda a dimensão do relatório com as decisões sigilosas de Moraes
-
Leia o relatório completo da Câmara dos EUA que acusa Moraes de censurar direita no X
-
Revelações de Musk: as vozes caladas por Alexandre de Moraes; acompanhe o Sem Rodeios
-
Mundo sabe que Brasil está “perto de uma ditadura”, diz Bolsonaro