A Executiva do DEM decidiu nesta quinta-feira (26) que irá pedir à Justiça e à Polícia Federal acesso aos dados da Operação Castelo de Areia, que investigou a construtora Camargo Corrêa. O partido foi citado na operação por ter recebido doações da empresa. A PF suspeitaria que parte das doações seria ilegal, o que o partido nega. Se o pedido for negado, o DEM promete entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF).

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O presidente do partido, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirma que a operação tem viés político. Ele destaca que o foco é a investigação de supostas irregularidades em contratos com a Petrobras e não de doações a partidos. A operação tem como foco a suspeita de superfaturamento em obras da refinaria Abreu e Lima, construída em parceria entre os governos do Brasil e da Venezuela.

"Este tipo de divulgação tem viés político. Querem desviar o foco. Nós queremos saber tudo que tem relação com o nosso partido", disse o presidente do DEM.

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Maia afirmou que todas as doações feitas ao DEM pela empreiteira são legais e foram aprovadas pela justiça eleitoral. Chegou até a falar em punição, caso a PF aponte alguma ilegalidade de algum filiado. "Não vamos acobertar ninguém no partido que possa ter aceitado doação que não sej legal, mas temos certeza que isso não ocorreu".

O líder do partido no Senado, José Agripino (DEM-RN), também mencionado na Operação, afirma que foram feitas "insinuações maldosas". Ele foi citado porque teria recebido R$ 300 mil da construtora. Agripino apresentou cópia de um recibo de uma doação legal de R$ 300 mil feita pela Camargo Correa ao diretório regional do partido, o qual preside. "Quem não deve não teme. Se formos nos envergonhar do que é legal este país acabou".

O presidente da DEM destacou que o PT não aparece na lista dos partidos que estariam sob suspeita. "Imagina se no PT não há nenhum candidato que tenha recebido recursos? Nós não vamos ficar na defensiva".

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