O senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) negou nesta terça-feira (29), em depoimento ao Conselho de Ética, que seja sócio oculto da Delta Construções. Em resposta ao relator, Humberto Costa (PT-PE), Demóstenes disse que não estava receoso de esconder sua relação com a Delta, conforme escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal e divulgadas nesta terça-feira (29) pelo jornal "O Estado de S. Paulo". De acordo com a reportagem, a PF avalia que Demóstenes era uma espécie de sócio oculto da empresa.
"Matéria de jornal é mais uma vez um tira hermeneuta que faz ligações", afirmou Demóstenes, criticando a atuação das interpretações feitas pela PF aos grampos feitos durante a operação Monte Carlo, que apontou a relação dele com o contraventor Carlinhos Cachoeira.
As escutas revelaram diálogos em que Demóstenes e Cachoeira estariam apreensivos com uma eventual doação legal da Delta na eleição de 2010 para a campanha do senador. Ao final das conversas, Cachoeira fica aliviado com o fato de que a doação foi de uma usina de álcool. O senador ressaltou, no depoimento, que as doações para a sua campanha foram legais.
Ao conselho, Demóstenes negou ter recebido dinheiro de caixa dois. "Zero, tudo o que recebi em todas as campanhas que eu participei. As minhas prestações de contas foram rigorosamente aprovadas", afirmou.
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