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O senador Marconi Perillo (PSDB-GO), candidato ao governo de Goiás, usou a internet nesta sexta-feira (9) para negar as suspeitas de que teria recebido R$ 2 milhões em propina de frigoríficos na época em que era governador de Goiás (1999-2006), segundo reportagem publicada pelo jornal "Folha de S.Paulo". Pelo Twitter, Perillo disse que a "a denúncia é eleitoreira". Em seu blog, chegou a afirmar que renunciaria à vida pública caso fosse comprovada alguma denúncia contra ele.

A informação de que o senador é investigado em inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), foi publicada pelo jornal nesta sexta-feira. Segundo a reportagem, o caso foi investigado em 2004 na Operação Perseu, da Polícia Federal, que apurava um suposto esquema de sonegação fiscal, de R$ 150 milhões, envolvendo frigoríficos.

"Essa denúncia é eleitoreira, café requentado, e mais uma tentativa de desconstrução da minha candidatura a governador", escreveu Perillo no Twitter. No microblog, o candidato negou a existência das gravações e de outros elementos que o liguem ao caso investigado pela PF.

Segundo ele, seus atos como governador apenas teriam atendido "demandas fiscais de cadeias produtivas e nunca de empresas isoladamente". "Reduzi a tributação de muitos segmentos produtivos, mas para alcançar resultados econômicos. E efetivamente alcançamos. Sequer assinei o decreto citado pela matéria da "Folha de S.Paulo", que foi assinado pelo governador em exercício na época", de defendeu o senador.

Por meio de seu blog, o candidato tucano ao governo de Goiás também negou as acusações. No texto, ele afirma ter convicção de que haja uma "máquina engendrada há dois anos para desqualificar" sua imagem. Perillo disse ainda que em caso de comprovação de irregularidades, deixaria a vida pública.

"Se alguma atitude tomada por mim fosse por ventura considerada ilícita e comprovado qualquer desvio ético de minha parte, não hesitaria em renunciar à vida pública", es creveu. "Teria vergonha de me apresentar diante dos goianos e brasileiros se houvesse ato que desabonasse os meus governos, que foram limpos, abertos e transparentes. Tomei providências jurídicas e vou até as últimas consequências para provar a minha inocência e preservar minha honra."

CasoO nome de Perillo, segundo o jornal, teria sido citado em telefonemas interceptados pela PF nos quais empresários do ramo frigorífico supostamente estariam discutindo suborno ao então governador do estado, para que leis locais fossem modificadas em favor da indústria de carnes.

O jornal diz também que diálogos gravados entre agosto e setembro de 2004 mencionam que o senador concederia, em troca da suposta propina, benefício fiscal de 7% para os frigoríficos pagarem dívidas tributárias com o estado. Segundo a reportagem, o benefício foi concedido por uma lei promulgada três meses depois das conversas.

O caso vai ser analisado pelo STF. Se o Supremo encontrar indícios que prticipação de Perillo em irregularidades, o senador pode ser denunciado pelo Ministério Público. Nesse caso, o STF decidiria se acata ou não a denúncia. Se ela for acatada, Perillo passa a ser réu em ação criminal. Se for rejeitada, o caso é arquivado.

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