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O presidente licenciado da Câmara Legislativa do Distrito Federal, deputado Leonardo Prudente, anunciou na noite desta quarta-feira (23) sua desfiliação do Democratas. O pedido foi feito por fax, enviado à sede do DEM no Distrito Federal quando a executiva do partido estava reunida para decidir se expulsava o deputado da sigla. No fax, Prudente disse que pretende reassumir a presidência da Câmara.

O deputado é suspeito de envolvimento com um suposto esquema de distribuição de propina investigado pela Polícia Federal. Em defesa escrita enviada nesta tarde ao partido, ele negou envolvimento com irregularidades. Com sua saída do DEM, Prudente não poderá concorrer nas eleições de 2010.

Gravação em vídeo feita pelo ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal Durval Barbosa, que denunciou o suposto esquema, mostra Prudente recebendo e guardando maços de dinheiro nos bolsos e na meia (veja vídeo acima). O deputado disse em sua defesa que guardou o dinheiro na meia por segurança. "Eu não uso pasta", disse, em entrevista coletiva depois da divulgação do vídeo.

O escândalo do mensalão do DEM de Brasília começou no dia 27 de novembro, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Caixa de Pandora. No inquérito que tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ), são citados o governador José Roberto Arruda, o vice, Paulo Octávio (DEM), além de deputados distritais, empresários e integrantes do governo.

A executiva nacional do DEM ameaçava o diretório do partido em Brasília de intervenção, se a análise do caso não ocorresse nesta quarta. "Já dissemos isso e está mantido. Se o diretório regional não decidir, a executiva nacional avoca para ela prerrogativa e fará a desfiliação do deputado Leonardo Prudente", chegou a dizer o líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO).

À tarde, ex-senador Lindberg Cury, relator do caso, apostava na falta de quórum para que o partido adiasse uma definição. "Continuo achando que não vai dar quórum", disse.

A saída de Prudente é a segunda baixa de peso no diretório local do partido. No dia 10 de dezembro, o governador José Roberto Arruda também pediu desfiliação do partido, que o ameaçava de expulsão.

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