Fernando Pimentel, governador de Minas, envolvido em nova polêmica.| Foto: Manoel Marques/Imprensa MG

O deputado federal Gabriel Guimarães (PT-MG) contratou por dois anos como assessor de seu gabinete um filho do empresário Benedito de Oliveira, ligado ao governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT).

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Paulo Eduardo Pitrez de Oliveira foi nomeado em 14 de novembro de 2012 como assessor do deputado mineiro e ganhava R$ 4.808 por mês. Em março de 2013, ele começou a estudar na parte da manhã, segundo o congressista, e seu salário caiu para R$ 2.595 mensais. Ele foi exonerado a pedido em outubro do ano passado. “Faço questão de reiterar a competência e profissionalismo do Paulo”, afirmou o deputado à reportagem.

Paulo é filho de Bené, como é conhecido o empresário que foi preso na Operação Acrônimo da Polícia Federal no dia 29 de maio, junto com outras três pessoas, por suspeita de associação criminosa. Os quatro deixaram a prisão no mesmo dia, depois do pagamento de uma fiança total de R$ 188 mil. Em outubro do ano passado, uma aeronave do empresário foi apreendida no aeroporto de Brasília com R$ 113 mil em dinheiro vivo.

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O prefixo da aeronave PR-PEG é uma referência aos filhos do empresário, o que levou a Polícia Federal a batizar a operação de Acrônimo. O deputado petista disse que a contratação não foi um pedido do empresário, de quem é amigo. “Seguiu o mesmo critério dos demais servidores: aptidão para desempenhar funções e ser de confiança. Recepcionava as visitas, atendia telefone, enviava pauta de votação e resultados de votações”, disse o congressista. A reportagem não conseguiu localizar Paulo.

Gabriel e Bené tem relação além da política. Em 2014, eles viajaram para Punta del Este, no Uruguai, junto com o governador Fernando Pimentel, ex-ministro do governo Dilma, e suas mulheres. Na semana passada, a Folha de S.Paulo revelou que Gabriel e seu pai, o ex-deputado Virgílio Guimarães usaram o avião de Bené na véspera da apreensão feita pela PF em outubro.

A casa de Virgílio foi alvo de busca da PF na operação da semana passada. A polícia suspeita que Bené tenha uma “sociedade dissimulada” com Virgílio. Para a PF, o ex-deputado recebeu pelo menos R$ 750 mil de Bené.

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