Empresário do ramo financeiro, Arruda tem o papel de missionário em sua religião| Foto: Sandra Terena

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Ele deixou um pouco de lado o mundo dos negócios para se dedicar à política, embora frise que "não precisa disso". Por isso, o Missionário Ricardo Arruda – membro ativo da Igreja Mundial do Poder de Deus – considera que o mandato como deputado estadual que começa no ano que vem é uma missão.

"O convite para a candidatura surgiu dos líderes da Igreja. Vemos que hoje as igrejas são muito perseguidas e não têm apoio do governo. E as igrejas só trazem benefício para a população. Deveríamos ter a atenção de uma parte do governo ou pelo menos que não nos prejudicassem", argumenta Arruda, explicando, em linhas gerais, o que pretende do seu mandato.

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Em 2010, ele concorreu ao cargo de deputado federal e ficou como suplente. Assumiu o mandato por 120 dias e diz que pôde ter uma boa experiência neste período, com a proposição de projetos de lei, principalmente na área financeira. Desta vez, decidiu concorrer a deputado estadual para ter mais influência. "Aprovar algo em Brasília é muito difícil, muito complexo, tem forças partidárias diferentes. Aqui no Paraná, com a bancada forte do PSC, conseguiremos aprovar projetos", explica.

Quando assumiu, Arruda foi alvo de uma polêmica, pois tinha moradia em São Paulo e Curitiba. Ele foi questionado sobre o fato de representar o Paraná e morar em outro estado; Arruda diz que não há o que explicar. "Sou empresário do ramo financeiro e minha empresa tem sede em São Paulo, onde está a maior parte dos meus clientes. Por isso ficava nas duas cidades", diz. Agora, como deputado estadual, ele garante que vai deixar os negócios na mão dos sócios e ficará apenas no Paraná.

Arruda recebeu a alcunha "missionário" por apoiar as atividades da Igreja Mundial do Poder de Deus – da qual participa há oito anos – porém esclarece que sua atividade é diferente do que fazem os pastores, que realizam cultos. "Dou apoio, assistência ao grupo, que também foi influência importante para eleição", diz ele, que rodou mais de 25 mil quilômetros pelo interior na campanha e tentou passar pelas 220 unidades da igreja no Paraná.