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Em discurso no plenário da Câmara nesta quinta-feira (3), o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) se colocou a disposição para depor "imediatamente" à CPI do Cachoeira. O tucano também lembrou que o empresário de jogos ilegais Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, faz aniversário hoje de 49 anos. Cachoeira está preso na Penitenciaria da Papuda, no Distrito Federal.

Segundo o deputado, ele não resistiu a assinar a criação da CPI, mas evitou fazer enquanto a ideia era incentivada pelo deputado delegado Protógenes (PCdoB-SP). Ele disse ainda que sabia do envolvimento do colega com o grupo de Cachoeira.

"Não assinei a [CPI] do Protógenes porque eu sabia que ele tinha ligação com a turma lá, não era do meu desconhecimento, mas assinei a outra [CPI] proposta pelos senadores e deputados e quero ser convidado ou convocado, a maneira que for, ir imediatamente à CPMI", disse.

O tucano lembrou que tem relações pessoais há 25 anos com o empresário. "Como todos têm acompanhado, meu nome é citado várias vezes como uma pessoa que falou frequentemente com o senhor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, que por sinal faz aniversário hoje, está preso na Papuda, faz 49 anos e é meu amigo pessoal", disse.

Na terça-feira, Lereia apresentou uma defesa preliminar ao comando do PSDB, com uma declaração da Procuradoria Geral da República afirmando que ele não tem ligação com "contravenção". Ele pediu mais tempo para se defender de outras acusações.

A reportagem mostrou que ele usou o prestígio do cargo de presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara para agilizar a emissão de vistos internacionais a pedido do grupo de Cachoeira. Ele também é suspeito de ter utilizado cartão de Cachoeira para fazer pagamentos pessoais.

Suspensa

Além de Leréia, a Corregedoria da Câmara investiga Sandes Júnior (PP-GO) e Rubens Otoni (PT-GO), que foram alvo de representação. O caso de Protógenes é avaliado pelo Conselho de Ética.

De acordo com o corregedor, Eduardo da Fonte (PP-PE), as atividades da comissão de sindicância estão suspensas porque são necessárias informações específicas para concluir a análise dos processos. Os deputados já apresentaram defesa.

O pedido para acesso ao material da investigação está com o ministro do STF Ricardo Lewandowski. A Corregedoria vai avaliar se há indícios de quebra de decoro parlamentar.

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