Nesta semana, os deputados terão como uma das prioridades a reforma política. O requerimento, que pede que a matéria tramite em regime de urgência, deve ser votado em plenário na quarta-feira (27). A ideia, segundo os líderes partidários, é começar a votação da reforma ainda em junho, inclusive de seus pontos polêmicos, como o financiamento público de campanha e o voto em lista fechada.

CARREGANDO :)

A proposta de financiamento público de campanha prevê o fim das doações privadas nas campanhas, que passariam a ser custeadas pelo Tesouro Nacional. A divisão do repasse aos partidos seria feito a partir da definição de um valor mínimo relativo ao número de eleitores cadastrados pela Justiça Eleitoral.

Já no modelo de eleição do voto em lista fechada, o eleitor não votaria mais em candidatos nas eleições proporcionais (para deputados federais e estaduais e vereadores), mas em partidos. Os eleitos seriam definidos em uma lista de candidatos, que funcionaria como uma espécie de ranking, estabelecido pelos partidos.

Publicidade

Embora ainda não tenha data para ser votada, a idéia dos defensores da proposta, que tem aval do governo, é que a reforma polítia seja aprovada até o final de setembro, prazo previsto para que as mudanças possam valer já nas eleições do ano que vem Pela Constituição e pela lei eleitoral mudanças na legislação eleitoral têm que ser feitas no máximo até um ano antes da realização das eleições.

A Câmara deverá criar ainda uma comissão especial para analisar alterações na lei eleitoral, principalmente a que trata da janela para mudança de partido antes das eleições. A proposta do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é reduzir de um ano para seis meses antes das eleições o prazo para a definição do partido em que o candidato vai concorrer.

Também está na pauta do plenário a votação de matérias como a proposta que acaba com o foro privilegiado para autoridades que cometerem crimes comuns. Pelas atuais regras o presidente da República, ministros de Estado, senadores e deputados federais só podem ser processados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Os parlamentares que querem mudar essas regras pretendem que o foro privilegiado não seja aplicado em crimes comuns, mas apenas naqueles decorrentes do puro exercício do mandato, por meio de palavras e votos. Já os que defendem o foro privilegiado querem a sua extensão mesmo depois que as autoridades deixem seus cargos ou mandatos.

Veja também
  • Temer vê dificuldade em votar reforma política na semana
Publicidade